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Por Redação O Sul | 20 de fevereiro de 2016
A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado por corrupção na Operação Lava-Jato, informou à Justiça Federal no Paraná que ele vai ficar em silêncio caso tenha de depor no inquérito que investiga a suspeita de ocultação de patrimônio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa Letícia, envolvendo um apartamento triplex no Guarujá (SP).
Como Vaccari está preso em Curitiba (PR), o Ministério Público de São Paulo precisa solicitar ao juiz federal Sérgio Moro autorização para tomar seu depoimento. A audiência, que seria realizada no Ministério Público do Paraná, já estava marcada para quarta-feira, mas foi suspensa após um recurso do deputado petista Paulo Teixeira (SP) contra o promotor paulista Cássio Conserino, responsável pelo caso, ser acatado pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
O órgão suspendeu os atos da investigação – inclusive os depoimentos do ex-presidente Lula e da ex-primeira-dama, marcados para terça-feira passada. Na petição a Moro, a defesa pede que o depoimento não seja realizado para evitar custos de deslocamento de Vaccari.
Marisa Letícia adquiriu cotas do empreendimento da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) no período em que Vaccari presidia a instituição, de 2004 a 2010. (AE)