Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 28 de setembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A recente minirreforma eleitoral deixou escapar a chance de criar um mecanismo indispensável. Hoje, para integrar um dos 34 partidos que disputam eleições no País, não é preciso sequer apresentar comprovação de endereço. Sem critérios de seleção e controle, quase 15 milhões de brasileiros estão filiados. Basta teclar no computador e pronto. Para comprovar a idoneidade, pedem apenas o documento de identidade e o título de eleitor. É comum a filiação a três ou quatro partidos, mas a verificação da irregularidade fica por conta da Justiça Eleitoral.
Durante quatro anos e meio, o Senado e a Câmara dos Deputados dedicaram tempo para formular modificações que aprimorassem o sistema partidário e não conseguiram. Segue aberta a porteira para os partidos de aluguel, que só aparecem às vésperas das eleições em busca de vantagens.
Integra o folclore político o seguinte episódio: um cidadão gostou do nome de um partido nanico e telefonou em busca de informações sobre o programa defendido. O funcionário que atendeu perguntou se não queria se candidatar a vereador. Diante da negativa, foi definitivo: “Não tem volta, ligou, tem que concorrer.”
Não há o que justifique tantos partidos, a não ser a negociação do tempo de propaganda em rádio e TV, seguida de retribuição com dinheiro público.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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