Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2020
Máscara, álcool em gel e leitura de textos apenas nas telas de tablets. Todas essas normas de prevenção contra o coronavírus agora são partes indissociáveis da rotina de Flávia Alessandra e do elenco de “Salve-se quem puder”, segundo informações da coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo. A atriz voltou a gravar como Helena e conta como é o dia a dia nos Estúdios Globo em meio à pandemia:
“Os protocolos estão certeiros e são necessários para a gente conseguir realizar uma obra como é uma novela, que tem tapa, aproximação, carinho, aperto de mão, abraço e beijo. Se não fosse dessa forma, a gente não conseguiria retomar o trabalho. Eu diria que têm sido desafiadores os novos métodos. Principalmente quando a cena exige emoção, proximidade. Uma sequência que duraria uma hora, mesmo repetindo e refazendo, agora leva duas, duas e meia, porque são ângulos e situações diferentes. Tem que tirar e botar a máscara. O maior desafio é se manter concentrada pelo longo período que uma cena pode levar. Ao mesmo tempo, é um luxo fazer cinema, com uma velocidade menor, dentro da TV.”
Recentemente, o elenco foi surpreendido pela notícia do teste positivo de Rodrigo Simas, que entrou para a trama como o mexicano Alejandro. Flávia não grava diretamente com o ator, mas diz que o fato de ele precisar se afastar dos trabalhos gera “um efeito cascata” nos roteiros. Segundo ela, já houve alterações.
“Acaba não sendo desesperador porque, como a gente recebeu capítulos muito antes, acabou lendo tudo previamente. Se muda algo aqui ou ali, não é um drama, porque as cenas já estão estudadas”, explica a atriz, que tem buscado o equilíbrio quando o assunto é Covid. “Não estou neurótica nem tranquila. A gente está tentando achar o caminho mais consciente. Tudo tem que ser feito com cautela. Eu acho que é viver dia após dia.”
No retorno da novela, no início do ano que vem, Helena verá Mário (Murilo Rosa), que acredita estar morto, no Empório Delícia. De acordo com a atriz, a personagem ficará muito abalada:
“Já até gravei a continuação dessa cena, quando ela chega em casa baratinada e fala com Hugo (Leopoldo Pacheco). Ele diz que ela está louca.”
Além dos compromissos na Globo, Flávia se dedica a projetos sociais junto com o marido, Otaviano Costa. Ela também aproveita o período de isolamento para operar mudanças na decoração da casa, na Zona Oeste do Rio, e estreitar ainda mais os laços com as filhas, Giulia, de 20 anos, e Olívia, de 9.
“Sempre fomos todos muito próximos, independentemente do corre-corre, da loucura da nossa vida. De algumas premissas eu não abro mão. A gente janta na mesa todo dia, cada um conta um pouco do que aconteceu. Mas claro que nunca vivi de forma tão intensa a casa e as minhas filhas como agora. Acho inclusive que a Giulia não aguenta mais a gente (risos). Ela está com 20 anos, fazendo faculdade, com carteira de motorista, com carro, podendo começar a voar. Para ela é mais difícil do que para a Olívia, que ama ficar colada na gente. É lógico que ela também está com saudade da vida, dos amigos e da escola, mas são visões de mundo diferentes”, diz Flávia, que conta como é ser mãe de uma adolescente. “A gente sempre teve um canal de confiança e troca. Até onde sei, ela me conta tudo. As amigas contam também. Eu sou uma boa confidente.”
Ela afirma que, na quarentena, a família ficou atenta aos excessos na alimentação: “Só o Fabio Porchat conseguiu emagrecer, todo mundo engordou. É normal. Faz parte dessa montanha-russa de emoções que estamos vivendo. Aqui em casa, um pega no pé do outro. É o nosso combinado. Não tem problema, não. Com a minha idade, sobremesa é gelatina. Giulia fala para mim: ‘Mãe, isso é um meme. Gelatina não pode ser sobremesa‘. E eu respondo: ‘Calma, depois que você passar dos 40, vai entender‘. Mas o principal é a gente sair dessa com a mente sã.”
Por falar em boa forma, Flávia retomou sua rotina de exercícios na academia e tem virado notícia constantemente ao ser clicada por paparazzi indo malhar. Ela opina, bem-humorada: “Virar notícia eu atravessar a rua para ir malhar? Eu falo: ‘Não é possível‘. Devia começar a sair a notícia: ‘Flávia não foi hoje‘. Fico indignada dessa minha notícia sair diariamente.” As informações são do jornal O Globo.