Quinta-feira, 13 de junho de 2024
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2024
Preso na Espanha, acusado de estupro, Daniel Alves viu o seu nome novamente envolvido em meio a polêmicas após ter recorrido à ajuda financeira e jurídica de Neymar, atacante do Al-Hilal, da Arábia Saudita. O craque teria cedido advogado e enviado R$ 800 mil para reduzir pena do ex-lateral da Seleção Brasileira.
Um dos atletas mais bem pagos da Olimpíada de Tóquio em 2021, Daniel possuía R$ 313 milhões, em imóveis e dinheiro aplicado, de acordo com uma avaliação feita pela CNN dos Estados Unidos. Após a acusação de estupro que o levou à prisão na Espanha, o jogador perdeu patrocinadores pessoais, que não quiseram seguir atrelando a imagem ao atleta devido a um crime tão hediondo.
Dívidas
A prisão de Daniel teve consequências financeiras consideráveis. Afinal, o atleta acumulou perdas substanciais, incluindo salários não recebidos do Pumas-MEX e milhões de reais em indenização pedida pelo ex-clube.
Somando-se a isso, Daniel também tem dívidas fiscais registradas na Espanha no valor de R$ 12,5 milhões.
Os bens do atleta
Daniel possui R$ 3 milhões em bens, que lhe pertencem e compõem o seu patrimônio. Móveis, tapetes, carro e até a estátua de um cavalo que, segundo seus representantes, teria sido avaliada em R$ 137 milhões, aparecem na lista.
Ajuda de Neymar
Perto de completar um ano preso sob acusação de estuprar uma mulher de 23 anos, Daniel Alves pediu ajuda financeira e jurídica de Neymar e sua família. Segundo o portal de notícias UOL, o pai do craque da Seleção Brasileira, Neymar da Silva Santos, depositou 150 mil euros (aproximadamente R$ 800 mil) ao ex-jogador do São Paulo e do Barcelona, que utilizou a quantia para reduzir a pena caso seja condenado. O atleta afirma que a relação foi consensual e alega inocência.
O valor pago por Daniel Alves à Justiça da Espanha com o dinheiro transferido pela família de Neymar é referente a uma multa chamada de “atenuante de reparação de dano causado”. Assim, apesar do pedido de 12 anos de prisão feito pelo Ministério Público da Espanha, a tendência é que Daniel Alves, se condenado, permaneça no máximo seis anos atrás das grades. A advogada da denunciante contesta a possível redução da eventual pena.
Ainda de acordo com a publicação, o pagamento ocorreu em 9 de agosto do ano passado. Um comprovante da transferência do valor pela família de Neymar a Miraida Puentes, ex-advogada de Daniel Alves, serviu como prova. Procurada pelo site, ela não se manifestou sobre o assunto. Cristóbal Martell, que trabalhou na defesa do brasileiro ao lado de Miraida se recusou a comentar o caso. Atualmente, o jogador é representado no processo por Inés Guardiola.
O UOL também informou que Daniel Alves contou com o apoio jurídico de Gustavo Xisto, um dos representantes jurídicos mais antigos das empresas do pai de Neymar. O jogador constituiu o advogado como procurador em 28 de junho de 2023, mesmo dia em que Dinorah Santana, mãe dos filhos do atleta e até então sócia, foi destituída da gestão do patrimônio de Daniel Alves. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.