Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de abril de 2021
Em leilão realizado nesta quarta-feira (7) na Bolsa de Valores de São Paulo, o governo federal arrecadou R$ 3,3 bilhões com a concessão de 22 aeroportos à iniciativa privada em 12 Estados. O lote relativo à Região Sul inclui as unidades de Bagé, Pelotas e Uruguaiana, arrematadas pelo Grupo CCR Viasul, que já administra a Freeway e outras rodovias gaúchas.
A concorrência organizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi vencida, nesse caso, com uma oferta de R$ 2,1 bilhões feita pela Companhia de Participação em Concessões (CPC), vinculada à CCR. O valor superou com margem superior a 1.500% o lance mínimo (R$ 130 milhões) exigido por essas e outras seis unidades.
No bloco Sul foram concedidos os terminais de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). O valor mínimo para esse lote era de R$ 130,2 bilhões.
Blocos Central e Norte
Já o bloco Norte abrange os aeroportos de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR). O lance mínimo havia sido estipulado em 47,9 milhões.
O bloco Central, por sua vez, é composto pelos aeroportos de Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA). O lance mínimo era de R$ 8,1 milhões.
O Ministério da Infraestrutura espera que os terminais, por onde circulam cerca de 24 milhões de passageiros por ano, recebam aproximadamente R$ 6,1 bilhões em investimentos. Devem ser investidos R$ 2,85 bilhões no bloco Sul, R$ 1,8 bilhão no Central e R$ 1,4 bilhão no Norte. Os contratos de concessão tem validade de 30 anos.
Com a palavra, o ministro
“A gente está celebrando a vitória da ousadia, do trabalho e da infraestrutura”, afirmou ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Segundo ele, o Brasil soube sair na frente ao manter os leilões para esta semana, enquanto outras nações suspenderam as negociações previstas: “Estou muito feliz de ver grupos importantes participando. Isso é o maior sinal de prestígio, sinal de confiança no País”.
“Investimento na infraestrutura aeroportuária é fundamental para nossa estratégia de crescimento da aviação civil. Que coisa boa ter a Vinci operando na região Norte, onde o transporte aéreo é fundamental para conectar as pessoas ao restante do país. E como é bom ver a CCR operando aeroportos. E que apetite! Um grande grupo, que tem feito um grande trabalho”, elogiou o ministro.
Na avaliação do titular da pasta, o resultado positivo também se deve a atuação da Anac durante a pandemia: “A Agência veio com medidas de proteção de caixa para companhias aéreas e, também, para as concessionárias de aeroportos. Atuou no reperfilamento das outorgas, no reequilíbrio econômico-financeiro, e tudo isso de uma maneira muito rápida”.