Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2024
O percentual segue a nova regra de valorização do salário mínimo, que leva em conta o crescimento do Produto Interno Bruto além da inflação do período
Foto: José Cruz/Agência BrasilO projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que será apresentado nesta segunda-feira (15) vai prever um salário mínimo de R$ 1.502 – alta de 6,37% sobre os R$ 1.412 atuais. O percentual segue a nova regra de valorização do salário mínimo, que leva em conta o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto ) além da inflação do período.
O projeto da LDO também trará meta de déficit zero para 2025, e não mais de superávit, como previsto até o ano passado. A projeção do salário mínimo ainda pode ser alterada se, até o fim do ano, a inflação for maior ou menor que o previsto. A LDO serve como um “guia” para a elaboração do Orçamento de 2025, mas também envia sinais ao mercado sobre como o próprio governo vê o horizonte econômico.
Até agora, o governo trabalhava com a expectativa de um superávit de 0,5% do PIB em 2025. Ou seja, que fosse possível arrecadar mais do que gastar. O número, no entanto, exigiria um esforço muito grande – o que poderia criar desconfiança no mercado e até mesmo no Congresso Nacional.
A mudança de meta também afeta os anos seguintes, segundo interlocutores do governo ouvidos pelo blog. Para 2026, o governo passa a prever um superávit de 0,25%, e de 0,5% em 2027, até chegar a 1% em 2028.
Essa projeção é justamente um dos fatores que impactam na revisão do superávit previsto anteriormente. Além do salário mínimo, a área política do governo também pressiona a área econômica para flexibilizar a meta fiscal e, com isso, poder gastar mais nos próximos anos.
Diante disso, manter em 2025 um superávit de 0,5% do PIB exigiria um esforço fiscal maior do país – em outras palavras, gastar menos com políticas sociais e investimentos.