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Mundo Igreja católica da Austrália defende o cardeal acusado de abusos sexuais a crianças

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George Pell foi arcebispo de Melbourne entre 1996 e 2001. (Foto: Reprodução)

Os líderes da Igreja Católica australiana saíram em defesa do cardeal George Pell, encarregado das Finanças do Vaticano, que, na quinta-feira (29), foi indiciado por supostos abusos sexuais ocorridos há vários anos em seu país e pediu uma licença para preparar sua defesa.

“O George Pell que eu conheço é um homem íntegro em suas relações com os demais, um homem de fé e de grandes ideais, um homem meticulosamente decente”, afirmou o arcebispo de Sydney, Anthony Fisher, em um comunicado.

Fisher explicou que a arquidiocese não vai assumir os custos da defesa do cardeal, mas o ajudará a encontrar um lugar para morar.

Pell, de 76 anos, deve comparecer a um tribunal de Melbourne em 26 de julho, uma semana depois da data inicialmente prevista de 18 de julho.

Na quinta-feira, a polícia australiana o acusou de crimes de abuso sexual, um indiciamento que é resultado de uma longa investigação ordenada pelo governo em 2012 sobre supostos abusos sexuais de menores de idade.

A polícia australiana, no entanto, não revelou detalhes sobre as acusações, alegando a necessidade de preservar a integridade do processo judicial.

O atual arcebispo de Melbourne, Denis Hart, cargo que já foi ocupado por George Pell, pediu um “julgamento justo”.

“O arcebispo é consciente das boas obras do cardeal, reconhecidas nacional e internacionalmente”, afirma um comunicado, que destaca a luta de Pell contra os abusos sexuais dentro da Igreja quando era arcebispo de Melbourne, em 1996.

O arcebispo de Hobart, Julian Porteous, disse estar “chocado e decepcionado” com as acusações contra Pell, que para ele “não têm substância”.

O ex-primeiro-ministro australiano Tony Abbott também defendeu o cardeal, que chamou de “homem muito bom”.

George Pell foi arcebispo de Melbourne entre 1996 e 2001. Em seguida foi arcebispo de Sydney até 2014, quando se mudou para o Vaticano, convocado pelo papa Francisco, para liderar a reforma das finanças da Igreja católica.

Acusações

O cardeal australiano negou as acusações de pedofilia lançadas pela imprensa de seu país por meio de um comunicado de seu escritório. Tratam-se de acusações “sem fundamento e completamente falsas”, ressalta o texto, que considera que as notícias envolvendo Pell em casos de abusos sexuais foram lançadas “para prejudicar o cardeal e a Igreja católica”.

Espécie de ministro da Economia do Vaticano, foi um dos oitos cardeais eleitos como assessor do papa Franscisco para a reforma da Cúria Romana. Acusado de encobrir um padre pedófilo nos anos 1980, o cardeal australiano tinha sido chamado a depor pela comissão que investiga a resposta institucional aos casos de abuso sexual dentro das organizações religiosas, estaduais e públicas. No entanto, dez dias antes de sua audiência, jornais australianos publicaram informações, acusando-o de cometer pessoalmente abusos sexuais contra crianças quando era padre. Pell “nega firmemente” tais informações, diz o comunicado.

O cardeal exigiu uma investigação de tais informações, em particular o vazamento vindo de setores da polícia. “Estes ataques injustos desacreditam o trabalho de bons policiais, que trabalham atentamente para dar Justiça às vítimas”, acrescentou. Em um outro comunicado dessa vez da Arquidiocese de Sydney (Austrália), Pell já havia manifestado o desejo de depor perante a comissão, bem como o de se encontrar com as vítimas.

Investigação de abusos na Igreja Católica da Austrália 

Em 2013, a Igreja Católica da Austrália admitiu ter escondido durante décadas os abusos sexuais de menores cometidos por membros da congregação e confirmou a existência de 620 casos, envolvendo até crianças de 7 e 8 anos, cometidos por padres desde a década de 1930. A SNAP (Rede de Sobreviventes Vítimas de Abusos de Padres),  associação que reúne as vítimas de abuso sexual, pediu a suspensão do eclesiástico de suas funções no Vaticano. “Mais de uma dúzia de policiais, após mais de um ano de investigações, sustentam ter encontrado cinco das dez supostas vítimas de um dos principais assessores do papa Francisco. Tratam-se de denúncias sérias e críveis. É preciso suspendê-lo”, sustenta Joelle Casteix, da direção da SNAP.

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https://www.osul.com.br/igreja-catolica-da-australia-defende-o-cardeal-acusado-de-abusos-sexuais-criancas/ Igreja católica da Austrália defende o cardeal acusado de abusos sexuais a crianças 2017-06-30
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