Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2022
Esta é a escalada mais grave de violência no território palestino desde a guerra de maio do ano passado
Foto: ReproduçãoAtaques aéreos israelenses atingiram várias casas na Faixa de Gaza neste sábado (06) e disparos de foguetes no sul de Israel continuaram pelo segundo dia consecutivo, aumentando o temor de uma escalada em um conflito que já matou pelo menos 15 pessoas. O governo de Israel alertou que os bombardeios ainda podem durar uma semana.
Os combates começaram com a morte de um comandante sênior do grupo militante Jihad Islâmica Palestina em uma onda de ataques na sexta-feira (05), que Israel disse ter como objetivo evitar um ataque iminente. Uma menina de 5 anos e duas mulheres estão entre os mortos nos ataques.
“O exército se prepara atualmente para uma operação de uma semana”, afirmou um porta-voz militar israelense. “Atualmente não há negociações para um cessar-fogo”, acrescentou.
Os ataques mataram na sexta-feira Tayseer al Jabari “Abu Mahmud”, um dos principais líderes da organização que está na lista de grupos terroristas dos Estados Unidos e da União Europeia. Em represália, o braço armado da Jihad Islâmica lançou mais de 100 foguetes contra Israel e afirmou que era uma “resposta inicial”.
Até agora, o Hamas, o maior grupo militante que governa Gaza, parecia ficar à margem do conflito, mantendo sua intensidade um tanto contida. Israel e Hamas travaram uma guerra há apenas um ano, um dos quatro grandes conflitos e várias batalhas menores nos últimos 15 anos que causaram enormes custos para os 2 milhões de moradores palestinos do território.
Novos ataques
O sábado foi marcado por novos bombardeios e disparos de foguetes, que até o momento não deixaram vítimas do lado israelense. As autoridades de Gaza anunciaram um balanço de 15 mortos nos bombardeios, incluindo “Abu Mahmud” e uma menina de cinco anos, e mais de 120 feridos. Durante a noite, as forças israelenses prenderam 19 membros da Jihad Islâmica na Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967.