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Mundo Israel de volta ao confinamento

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Segunda quarentena, de três semanas, expõe falhas do governo Netanyahu, responsabilizado por não prever nova onda da pandemia e agora enfrenta resistência da população

Foto: Reprodução
As votações de 1º de novembro podem trazer de volta Netanyahu. (Foto: Reprodução)

Como o primeiro país do mundo a impor um novo confinamento a seus cidadãos, Israel expõe claramente o fracasso do governo do premiê Benjamin Netanyahu na gestão da pandemia de Covid-19.

Desta vez o bloqueio durará pelo menos três semanas, a partir de sexta-feira (18), coincidindo com os feriados religiosos mais importantes para os judeus: o Rosh Hashanah (Ano Novo) e o Yom Kipur (Dia do Perdão).

Além do fechamento de comércio, hotéis e restaurantes, ninguém poderá se afastar mais de 500 metros de casa, e as reuniões familiares, um ritual tão típico desta época do ano, serão limitadas a dez pessoas em ambientes fechados.

A fúria generalizada replicada nas redes sociais reflete a pouca disposição dos israelenses de embarcar no segundo lockdown. Após uma conturbada reunião ministerial de sete horas, Netanyahu anunciou o pacote de restrições e embarcou para Washington, onde assina a normalização de relações com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein.

Manifestantes protestaram no aeroporto contra a viagem inoportuna, numa demonstração de que as vitórias diplomáticas tão exaltadas pelo premiê não são prioridade no momento.

Mais uma vez, Netanyahu se refugia nos EUA, a pretexto de assinar um acordo histórico e na esperança de que o tour, de cunho eleitoreiro, possa render frutos em benefício próprio e de seu aliado, Donald Trump.

Diante das câmeras, ele vangloriou-se de seus feitos, tentando desviar a atenção do lockdown. “Dois acordos de paz em um só mês. Os acordos vão injetar milhões na economia israelense. Isso é sempre bom, mas é particularmente bom durante o coronavírus.”

Como publicou o jornal conservador “Jerusalem Post” em seu editorial, o verdadeiro problema de Netanyahu é a desconexão entre o que é certo e o que a população precisa: “Os acordos são importantes, mas o país se encontra no meio de uma guerra e está perdendo. Um líder não sai quando os soldados ainda estão no campo de batalha.”

A guerra em questão é uma das mais dramáticas que o país enfrentou em sete décadas de existência. Nesta semana, o número de casos diários do novo coronavírus ultrapassou 4 mil, sem que a doença dê sinais de trégua, com 40 mil infectados ativos. A rede hospitalar está a caminho da saturação.

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