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Mundo A Justiça alemã determinou que um ex-nazista de 96 anos deve ir à prisão

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Corte rejeitou o argumento da defesa de que a prisão a essa idade avançada violaria seu direito à vida. (Foto: Reprodução)

A Corte Constitucional da Alemanha decidiu que um alemão de 96 anos deve ir para a prisão devido a seu papel nos crimes cometidos no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, recusando-se a derrubar uma decisão de instância inferior. Oskar Gröning, conhecido como o “contador de Auschwitz” por seu trabalho de contar o dinheiro roubado das vítimas do campo, foi sentenciado a quatro anos de prisão em 2015, mas disputas devido à sua saúde e idade adiaram o início do cumprimento da sentença.

Direito à vida

A corte rejeitou o argumento da defesa de Gröning de que a prisão a essa idade avançada violaria seu direito à vida. “O réu foi considerado culpado de ter sido cúmplice de 300 mil casos relacionados a assassinatos, o que significada que há importância particular de levar adiante a sentença que o Estado determinou”, escreveram os juízes, mantendo a decisão da corte regional de Celle.

Não há apelação à decisão da Corte Constitucional, mas a decisão deixa aberta a possibilidade de que Gröning seja libertado caso sua saúde se deteriore. Gröning, que admitiu que era moralmente culpado, afirmou que era um entusiasta nazista quando foi trabalhar em Auschwitz em 1942, quando tinha 21 anos de idade.

Ele chamou atenção em 2005 após dar entrevistas sobre seu trabalho do campo numa tentativa de convencer negacionistas de que o Holocausto havia acontecido. Cerca de 6 milhões de judeus foram mortos durante o Holocausto.

Falha moral

No julgamento em julho de 2015, o ex-contador foi censurado por aceitar “um trabalho de escritório seguro” em uma “máquina destinada a matar pessoas” e “insuportável para o espírito humano”.

Acredita-se que ele trabalhava retirando da plataforma de trem de Birkenau (Auschwitz) as bagagens das pessoas que haviam sido deportadas ao campo de concentração e que já estavam pré-selecionadas para serem enviadas à câmara de gás. Ele também era responsável por contar o dinheiro encontrado nas malas dos deportados.

Enquanto o homem assumiu uma “falha moral” e se desculpou, a defesa pediu a absolvição, justificando que ele não “contribuiu” de forma direta para o Holocausto. Muito antes de ser pego pela Justiça, este ex-voluntário no Waffen SS havia contado sua experiência em Auschwitz, de 1942 a 1944, em um livro de memórias para seus familiares e em entrevistas para “lutar contra o negacionismo”. “Auschwitz é um lugar, no qual ninguém deveria ter-se envolvido”, admitiu.

As partes civis comemoraram que, “pela primeira vez depois de meio século de julgamento de crimes nazistas, um acusado reconhece oficialmente sua culpa e pede desculpas por isso”. Cerca de 1,1 milhão de pessoas, judeus em sua maioria, morreram no campo de Auschwitz entre 1940 e 1945.

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