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Brasil “Lamentavelmente pode acontecer”, disse o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, sobre a ação do Exército no Rio de Janeiro

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"Foi um incidente bastante trágico. O que eu vi, porém, é que, de imediato, o Exército começou a apurar esses fatos e tomar as providências", disse o ministro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, afirmou, em entrevista no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, que a morte do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, foi um “incidente bastante trágico”, aparenta ser “injustificável” e tem que ser apurada. Rosa morreu no domingo (07) no Rio de Janeiro, quando o carro que dirigia foi alvo de pelo menos 80 tiros de fuzil disparados por soldados do Exército. Os militares dizem que confundiram o carro com o de criminosos.

“Foi um incidente bastante trágico. O que eu vi, porém, é que, de imediato, o Exército começou a apurar esses fatos e tomar as providências que foram cabíveis. Afastou lá parte dos envolvidos. Submeteu eles a prisão. E tem que apurar, né, se houve ali. Os fatos vão ser esclarecidos. Se houve ali um incidente injustificável em qualquer espécie, o que aparentemente foi o caso”, afirmou o ministro nesta terça-feira (09).

Moro também disse: “As pessoas têm que ser punidas. Mas lamentavelmente esses fatos podem acontecer. Não se espera. Não se treina essas pessoas para que isso aconteça. Mas, tendo acontecido, o que conta é o que as autoridades fazem a esse respeito, quais são as providências tomadas. E o Exército está tomando as providências cabíveis”. Como a entrevista exibida nesta terça-feira havia sido gravada dias antes da ação que matou Rosa e deixou outros dois feridos, Bial voltou a conversar com o ministro, desta vez por videoconferência, para tratar especificamente do assunto.

“Pelo que eu entendi no episódio, e mais uma vez destacando que ele está em apuração pelo Exército, aparentemente não teria havido sequer uma situação de legítima defesa”, respondeu Moro quando perguntado por Bial se a conduta dos militares, de disparar 80 tiros contra o automóvel de Rosa, se enquadraria em situação de “escusável medo, surpresa ou violenta emoção”. O questionamento refere-se a uma das alterações propostas no projeto de lei anticrime apresentado pelo ministro da Justiça ainda no início de fevereiro.

O caso

Evaldo dos Santos Rosa morreu por volta das 14h40min de domingo, quando dirigia seu carro pela Estrada do Camboatá, em Guadalupe, Zona Norte do Rio. Quando estava quase chegando ao acesso à Avenida Brasil, foi alvo de pelo menos 80 disparos de fuzis de soldados do Exército. No veículo, estavam também a esposa, o filho, de 7 anos, e o sobro do músico, além de uma amiga da família. Os sobreviventes disseram que que estavam indo a um chá de bebê.

Em um primeiro momento, o Comando Militar do Leste afirmou que a vítima era um assaltante. Depois, citando “inconsistências” nos depoimentos, determinou a prisão em flagrante de dez dos 12 militares ouvidos, “em virtude de descumprimento de regras de engajamento”. Para o delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, “tudo indica” que os militares do Exército se confundiram.

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