Terça-feira, 01 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2019
Líderes mundiais reagiram à vitoria do premiê britânico Boris Johnson nas eleições gerais desta última semana, quando o Partido Conservador conquistou 365 dos 650 assentos do Parlamento britânico.
Os britânicos foram às urnas para eleições apontadas como as “mais importantes em uma geração” porque definiram o Parlamento que levará adiante o processo do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, desta vez sem chances de novo recuo.
Donald Trump
O presidente americano, Donald Trump, disse que a vitória de Johnson significa que o Reino Unido e os Estados Unidos ficariam livres para fechar um acordo comercial “massivo” depois do Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia.
“Parabéns a Boris Johnson por sua grande VITÓRIA! Esse acordo tem potencial para ser bem maior e mais lucrativo que qualquer outro que pudesse ser feito com a União Europeia. Celebrem Boris”, escreveu Trump no Twitter.
Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro deu os parabéns ao líder britânico no Twitter: “Cumprimento os britânicos e o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pela grande vitória de ontem. Brasil e Reino Unido compartilham o apreço à auto-determinação e à soberania”, escreveu o presidente.
“Estamos dispostos a trabalhar no fortalecimento de nossas relações e na construção de uma parceira cada vez mais sólida e benéfica para nossos povos”, acrescentou Bolsonaro, em um segundo tuíte.
Angela Merkel
A chanceler alemã também deu parabéns ao líder britânico: “Parabéns, Boris Johnson, pela sua vitória retumbante. Estou ansiosa para trabalhar com você pela amizade e forte cooperação entre as nossas nações”, escreveu seu porta-voz no Twitter.
Emmanuel Macron
O presidente francês exigiu “harmonização regulatória” em futuros acordos comerciais entre o mercado europeu e o britânico depois que o Reino Unido deixar a União Europeia.
“Se o primeiro-ministro britânico e o Parlamento britânico desejam um acordo comercial ambicioso, eles sabem onde estão os padrões europeus. Quanto mais eles forem atraídos a rebaixar padrões – climáticos, sociais ou quaisquer outros – mais eles se distanciam do mercado europeu, mais eles se distanciam de nós. Quanto mais ambicioso for o acordo comercial, mais precisamos de harmonização regulatória”, disse.
“Não queremos que eles (britânicos) sejam um competidor injusto”, acrescentou Macron. “Minha mensagem ao Reino Unido é que quanto mais leais formos um ao outro, mais próxima será a relação que poderemos ter”.
Charles Michel
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que a União Europeia estava pronta para negociar um acordo de livre-comércio com o Reino Unido, mas pediu a Londres que trabalhe com boa fé.
“Nós esperamos, assim que possível, um voto do Parlamento britânico (sobre o Brexit)… é importante ter clareza”, disse.
Vladimir Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou em comunicado ter certeza de que “o desenvolvimento de diálogo e cooperação construtivos em várias esferas seria totalmente do interesse dos povos de nossos países e de todo o continente europeu”.
Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que “é claro que nós sempre temos esperanças de que as forças políticas que vencem as eleições em qualquer país compartilhem a ideologia de nosso país e tenham como objetivo construir boas relações conosco. Eu não sei o quão apropriadas essas esperanças são no caso dos Conservadores (partido de Johnson)”.
O impasse com a Escócia
A líder do Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês) e primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, declarou, durante as eleições, que “Boris Johnson tem um mandato para tirar a Inglaterra da União Europeia, mas ele deve aceitar que eu tenho um mandato para dar à Escócia uma escolha para um futuro alternativo”.
Em 2016, a Escócia votou contra o Brexit. Com a maioria assentos do Parlamento conquistados pelo Partido Conservador nestas eleições, entretanto, fica mais fácil para Boris Johnson conseguir a saída do Reino Unido da União Europeia.
Sturgeon já afirmou que enviará uma carta ao premiê para que a Escócia possa votar em um novo referendo de independência do Reino Unido.