Quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstra irritação diante das recentes cogitações de demissões de ministros. Ele está em negociação com o Centrão para uma possível reforma ministerial. Nas últimas semanas, diversos nomes foram colocados na lista de possíveis demitidos, o que gerou desconforto no governo.
Entre os nomes mencionados como “demissíveis”, estão Ana Moser (Esporte), Márcio França (Portos e Aeroportos), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Nísia Trindade (Saúde), Cida Gonçalves (Mulheres), Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Integração) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
Lula já informou aos seus aliados que está descontente com o vazamento de informações sobre a possível reforma ministerial e pediu que todos evitem falar publicamente sobre o assunto. Além disso, o presidente demonstra incomodo com algumas notícias veiculadas pela imprensa, alegando que muitas delas não possuem fundamento.
Enquanto as especulações continuam, o petista segue em negociação com partidos do Centrão, como PP, Republicanos e parte do PL, em busca de apoio tendo como moeda de troca ministérios e estatais. Essas negociações têm sido uma das prioridades do governo neste momento político.
O presidente, contudo, não tomará uma decisão definitiva sobre a possível reforma ministerial antes de agosto, quando se encerra o recesso parlamentar. Até lá, as negociações e discussões continuarão para garantir a estabilidade do governo e a governabilidade no Congresso Nacional.
Cabe ressaltar que, recentemente, Lula já efetuou uma mudança no Planalto, demitindo Daniela Carneiro do Turismo e nomeando Celso Sabino como ministro da pasta. A decisão foi tomada visando assegurar o apoio do partido União Brasil para aprovar projetos do governo na Casa.
Visão estratégica
O deputado Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara dos Deputados, afirmou que todos os partidos que estão começando a ocupar espaços no governo deveriam demonstrar “generosidade e visão estratégica de ceder”.
“Não pode ser só o PT a ceder. Tem que ser a maioria, o conjunto, todos os partidos que já têm espaços estratégicos. E não estamos falando só de ministérios, pois a equação nos estados ainda não se completou, com muito cargo que ainda não foi nomeado, temos secretarias de segundo escalão dentro dos ministérios, diretorias estatatais, um conjunto de cargos que são legítimos, e que acontece em todos os estados do Brasil e outros países do mundo, que esses partidos venham a ocupar”, argumentou.