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Geral Mesmo com o aumento da frota, o Rio Grande do Sul tem 3,9 mil roubos de veículos a menos

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Indicadores de criminalidade de setembro foram apresentados durante reunião de Geseg no Palácio Piratini. (Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)

Os indicadores criminais de setembro apontam uma queda de 31,1% nos roubos de veículos no Estado entre janeiro e setembro (8.643 casos), frente a igual período do ano passado (12.547) – foram 3.904 veículos que deixaram de ser levados por assaltantes.

A divulgação desse e dos demais indicadores monitorados pelo Executivo foi feita pelo governador Eduardo Leite e pelo vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, na abertura da reunião da Geseg (Gestão Estatística em Segurança) – ciclo mensal de avaliação dos índices de criminalidade nos 18 municípios priorizados pelo programa RS Seguro –, realizada no início da tarde desta quinta-feira (10), no Palácio Piratini.

De acordo com Ranolfo, a redução desse crime patrimonial – roubo de veículo – é especialmente importante e comemorada pelo governo, pois impacta diretamente nos crimes contra a vida. “Um roubo de carro tem um potencial enorme de se tornar um latrocínio, quando o roubo leva à morte. Por isso, quando se deixa de levar milhares de carros, também se deixa de registrar mortes, que é um dos crimes mais graves que pode existir”, destacou.

O impacto dessa redução se mostra ainda mais expressivo quando observado ao lado da evolução da frota no Rio Grande do Sul. Conforme dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o total de veículos em circulação no Estado cresceu 11% nos últimos cinco anos, de 6.234.770 em 2015 para os atuais 6.901.309.

Na contramão desse aumento, a variação no número de roubos de veículos no mesmo período registrou queda de 35% – entre janeiro e setembro de 2015, 13.380 motoristas tiveram seus carros, motos, ônibus e caminhões roubados. Os 8,6 mil casos do início deste ano até agora são o menor total para o intervalo desde 2011, que teve 8.360 ocorrências.

De acordo com Leite, os dados positivos são reflexos tanto do esforço e da qualidade dos servidores da segurança quanto da “estratégia acertada de foco territorial” do programa RS Seguro, que prioriza ações em 18 municípios que concentram os mais elevados índices de criminalidade (89% dos roubos de veículo nos últimos 10 anos).

Os indicadores da SSP (Secretaria da Segurança Pública) mostram que dos 3,9 mil casos a menos no Estado no acumulado de 2019, 3.698 (94,7%) deixaram de ocorrer justamente nesse grupo de cidades – foram 11.388 roubos de veículos de janeiro a setembro de 2018, contra 7.690 neste ano. Só em Porto Alegre, as ocorrências desse crime passaram de 6.508 para 3.805: foram 2.703 registros a menos (41,5%). Com foco nos locais mais afetados, o RS Seguro amplia o impacto do trabalho de repressão ao crime no quadro geral.

O resultado positivo dos indicadores também passa pelo uso da tecnologia como aliada ao trabalho de policiamento ostensivo e investigação. Câmeras de videomonitoramento, para observação de importantes pontos de fluxo, e de cercamento eletrônico, capazes de fazer a leitura de placas e de emitir alertas automáticos quando identificam veículos em situação de furto e roubo ou com irregularidades administrativas, têm ampliado a efetividade das forças de segurança no combate aos ladrões.

Até o mês passado, o sistema gerido pela SSP já contava com quase 2 mil câmeras de videomonitoramento e cercamento eletrônico espalhadas em 54 cidades. No último dia 16, com investimento de R$ 18 milhões via emenda da bancada federal gaúcha e contrapartida do Estado, o governador Eduardo Leite assinou ordem para instalação de outras 525 câmeras em 36 municípios, dos quais 27 ainda não faziam parte do sistema da SSP. Ao final da implantação, cuja expectativa é de que esteja concluída até fevereiro, serão 81 cidades interligadas ao monitoramento da secretaria.

O trabalho aprimorado das forças de segurança também tem efeito sobre os furtos de veículos, que no acumulado até setembro seguem no menor número já registrado para o período em toda a série histórica, iniciada em 2002. Foram 9.863 de janeiro até agora, numa queda de 11,3% ante os 11.121 casos registrados até o 3º trimestre do ano passado.

Latrocínios caem 54,5% na Capital e 27,1% em todo o RS

Por ser um dos crimes patrimoniais com maior potencial de risco para as vítimas, o roubo de veículos tem influência importante na ocorrência de latrocínios, cuja variação também registrou quedas expressivas. No Estado, os roubos com morte passaram de 70, entre janeiro e setembro de 2018, para 51, no mesmo período deste ano (27,1%). Em Porto Alegre, houve redução acima da metade (54,5%), com cinco ocorrências frente 11 do ano anterior na mesma comparação. Em setembro, nenhum latrocínio foi registrado na Capital. Em todo o RS, o nono mês do calendário repetiu o total de setembro de 2018, com quatro casos.

Homicídios fazem 458 vítimas a menos no Estado

Entre os homicídios, indicador considerado internacionalmente como principal métrica para violência, as reduções também são generalizadas. De janeiro até setembro, 458 vidas foram preservadas – o número de vítimas de assassinatos no período passou de 1.825 em 2018 para 1.367 neste ano (25,1%), o menor total desde 2011. Só na Capital, na mesma comparação, o número de mortes baixou de 442 para 239 (45,9%), mantendo o recorde repetido ao longo do ano, com a menor marca da década para o acumulado até o mês de divulgação. Na avaliação isolada de setembro, as quedas nos homicídios foram de 34,7% no Estado (de 193 para 126 vítimas) e de 51,2% em Porto Alegre (de 43 para 21 vítimas).

Da mesma forma que entre os roubos de veículos, o foco territorial planejado pelo RS Seguro amplifica a retração dos índices no quadro geral. Os 18 municípios priorizados pelo programa responderam por 406 das 458 vidas poupadas (oito a cada 10) em todo o Estado. Na comparação de acumulados até setembro do ano anterior e do atual, o total de vítimas de homicídios nesse grupo de cidades caiu de 1.202 para 796 (33,8%).

O fechamento do 3º trimestre também comprova a constância na redução dos assassinatos ao longo de 2019. Diferentemente dos últimos cinco anos, em que as variações de um trimestre para o outro não seguiam padrão e até acabavam revertidas (como em 2016 e 2017), a soma de assassinatos a cada três meses caiu de forma linear neste ano. De 506 mortes entre janeiro a março, o número passou para 456 entre abril e junho e para 405 entre julho e setembro – uma média de 50 mortes a menos a cada trimestre.

Nos demais indicadores monitorados pela SSP, o recrudescimento da criminalidade no Estado também se evidencia. Um destaque é a diminuição de 39,1% nos ataques a banco, cuja soma de furtos e roubos em instituições financeiras caiu para 84 ocorrências entre janeiro e setembro de 2019, contra 138 registradas no ano anterior. Também houve quedas de 9,5% nos roubos (de 56.126 para 50.771), de 15,1% nos furtos (de 105.339 para 89.393), de 26,5% nos roubos a transporte coletivo, incluindo passageiros e motoristas (de 2.409 para 1.771), e de 24,4% nos ataques a comércios (de 8.312 para 6.285, somando furtos e roubos).

 

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