Domingo, 19 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2016
O Ministério da Saúde negou, por meio de nota, qualquer associação entre o uso do larvicida Pyriproxifen – utilizado para deter o desenvolvimento da larva do mosquito Aedes aegypti – e o aumento do número de casos de microcefalia no País. A pasta informou que somente usa produtos recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e que, mesmo assim, todos passam por um “rigoroso” processo de avaliação.
A utilização do Pyriproxifen em água para consumo humano foi suspensa no Rio Grande do Sul no sábado (13) por determinação do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo. A decisão, mantida na manhã deste domingo (14) pela secretaria, deve-se à hipótese de que a substância pode potencializar a malformação cerebral causada pelo zika vírus, levantada pela organização médica argentina Physicians in the Crop-Sprayed Towns.
“Não existe nenhum estudo epidemiológico que comprove a associação do uso de Pyriproxifen e a microcefalia. O Ministério da Saúde somente utiliza larvicidas recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Os produtos passam por um rigoroso processo de avaliação da World Health Organization Pesticed Evaluation Scheme. O Pyriproxifen está entre os produtos aprovados por esse comitê e também possui certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que avalia a segurança do larvicida no Brasil”, afirmou o ministério.
“Ao contrário da relação entre o vírus zika e a microcefalia, que já teve sua confirmação atestada em exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no líquido amniótico, a associação entre o uso de Pyriproxifen e a microcefalia não possui nenhum embasamento científico. É importante destacar que algumas localidades que não utilizam o Pyriproxifen também tiveram casos de microcefalia notificados”, prosseguiu a pasta.