Terça-feira, 21 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 22 de março de 2016
O Ministério da Justiça divulgou, na segunda-feira, um comunicado negando que o titular de pasta, Eugênio Aragão, tenha decidido exonerar o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Leandro Daiello. “Informamos que o diretor-geral da PF continua gozando de plena confiança por parte do ministro e que não há decisão sobre sua substituição”, diz o texto.
Pessoas próximas a Aragão confirmaram que ele tem mantido boa interlocução com Daiello. A demanda pela substituição não partiu do governo, mas de segmentos sindicais e petistas que o acusam de não atender demandas trabalhistas de delegados e agentes (como aumentos salariais). Tanto que partiu da presidenta Dilma Rousseff o pedido para que permanecesse no cargo mesmo com a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça, ao qual é subordinada a diretoria-geral.
Desde que assumiu o cargo, Aragão e Daiello já se reuniram diversas vezes em agendas de trabalho. O primeiro encontro ocorreu na própria PF, quando Aragão visitou o diretor-geral no edifício-sede (geralmente ocorre o contrário). O gesto foi visto como sinal de boa vontade por parte do ministro.
No comando do órgão desde janeiro de 2011, Daiello dobrou o número de operações, que cresceram de 252 para 516 até este ano, muitas delas atingindo o próprio PT, como a Zelotes, que investiga o filho mais novo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Cláudio. (AE)