Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2017
Depois de ouvir vários deputados do PSDB, o ministro das Cidades Bruno Araújo decidiu deixar o governo. Essa é a primeira baixa desde que se instalou a crise política após a revelação de que o presidente Michel Temer deu aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha.
O motivo exato da renúncia não foi esclarecido. Fontes do PSDB, partido presidido pelo senador Aécio Neves, também envolvido na denúncia revelada na quarta-feira (17), confirmaram à agência de notícias Efe a saída de Araújo.
Outras fontes disseram que a renúncia de Araújo ocorreu pelo mal estar criado dentro do PSDB tanto pela situação de Aécio como pela de Temer. O presidente foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, dando aval para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Já Aécio acertado o recebimento de 2 milhões de reais do empresário.
O PSBD ainda mantém no Executivo o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que cancelou, nesta quinta-feira (18), seus compromissos para focar na delicada situação de seu partido e do governo Temer.
As vozes da oposição que exigem uma renúncia imediata de Temer foram engrossadas por vários partidos da base aliada, que também consideram que a situação do presidente é gravíssima e insustentável.
A já delicada posição de Temer se agravou com o anúncio de que o Supremo Tribunal Federal decidiu autorizar uma investigação contra ele por causa das suspeitas levantadas contra ele. Alguns parlamentares do DEM e do próprio PSDB pediram a renúncia de Temer. Os tucanos também cogitam abandonar o governo caso o presidente permaneça no poder.