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Mundo Milhares protestaram pelo fim da imunidade da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner

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Argentinos participam de manifestação diante do Congresso. (Foto: Reprodução)

Dezenas de milhares de argentinos protestaram na terça-feira (21) diante do Congresso para pedir ao Senado que retire a imunidade da parlamentar e ex-presidente Cristina Kirchner, investigada por acusações de pagamento de propina durante seu governo. A mobilização foi convocada pelas redes sociais sob o slogan “Desafuero y allanamiento a CFK”, um dia antes de a Câmara decidir se registros de suas propriedades serão permitidos.

Pessoas carregando faixas, malas ou bolsas – símbolos da má gestão que supostamente ocorreu durante a Presidência de Cristina – também pediram a aprovação da lei de Extinção de Domínio, que será discutida para que as perdas causadas por corrupção possam ser recuperadas. “Prisão para Cristina!”, “Devolvam o dinheiro!”, foram algumas das frases dos manifestantes.

Para poder revistar as propriedades da ex-presidente, a Justiça precisa da aprovação do Senado, que também deve decidir se tira a imunidade, caso o juiz Claudio Bonadio – que conduz a investigação – peça no futuro a prisão da atual senadora. Cristina disse na terça-feira que aceitará o que a Câmara decidir. “Deve ser esclarecido que esta decisão não implica em validar a irracionalidade das medidas ordenadas por Bonadio em sua cruzada persecutória contra mim”, afirmou ela em carta.

“Escândalo dos cadernos”

A ex-presidente, da corrente de centro esquerda peronista e que sucedeu seu marido Néstor Kirchner no cargo em 2007, é a pessoa de mais alto escalão envolvida no chamado “Escândalo dos cadernos”, que investiga supostos subornos de importantes empresários entre 2005 e 2015 para obter contratos de obras públicas. A causa judicial começou há um mês baseada em anotações feitas por um ex-motorista do Ministério de Planejamento, Oscar Centeno, que supostamente fez percursos por Buenos Aires durante 10 anos levando e trazendo sacolas carregadas de milhões de dólares.

O apartamento de Kirchner em Buenos Aires, assim como a casa presidencial de Olivos e a Casa Rosada, sede do governo, aparecem nesses cadernos como pontos de entrega das sacolas. O juiz busca pistas sobre onde poderia ter ficado o dinheiro, aparentemente sempre recebido em espécie. As anotações do motorista logo se somaram às confissões de vários empresários detidos que decidiram ir à Justiça na condição de arrependido, assim como, recentemente, ex-funcionários do governo de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner.

Além deste caso, Cristina Kirchner enfrenta outros cinco processos por suposto enriquecimento ilícito e por encobrimento de iranianos acusados pelo atentado à mutual judaica AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

Outro lado

Cristina Kirchner afirma que nunca recebeu dinheiro em troca de aprovar medidas enquanto estava no governo e atribuiu os atuais problemas com a Justiça ao fato de ter atrapalhado os interesses de grupos econômicos poderosos do país.

“Os problemas judiciais que tenho são por ter afetado os interesses econômicos concentrados e hegemônicos muito poderosos que sempre tentaram obstruir as medidas que levei adiante em benefício das grandes maiorias populares, da atividade econômica em geral e do fim do endividamento estrutural da Nação”, escreveu Cristina em carta.

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https://www.osul.com.br/milhares-protestaram-pelo-fim-da-imunidade-da-ex-presidente-da-argentina-cristina-kirchner/ Milhares protestaram pelo fim da imunidade da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner 2018-08-22
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