Terça-feira, 19 de março de 2024
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2021
"Não verificamos nenhum percalço neste sentido", disse Ernesto Araújo
Foto: Wilson Dias/Agência BrasilO ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou que problemas políticos e diplomáticos tenham atrasado as negociações do Brasil com a Índia e a China, nas últimas semanas, para a importação de ingredientes e de vacinas prontas contra a Covid-19. Mesmo assim, Araújo afirmou que não há estimativa de quando esse material chegará ao Brasil.
O País enfrenta dificuldades para liberar uma carga de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, produzida pelo governo da Índia em parceria com o instituto indiano Serum. Além disso, laboratórios brasileiros aguardam que a China libere a exportação de dois tipos de IFA (ingrediente farmacêutico ativo) produzido em solo chinês. O IFA é a matéria-prima para que as vacinas sejam processadas e produzidas no Brasil.
O atraso afeta a produção brasileira da vacina de Oxford, prevista em um contrato da Fiocruz com o laboratório Astrazeneca, e a produção da CoronaVac, fruto de parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac.
“Nós não identificamos nenhum problema de natureza política em relação ao fornecimento desses insumos provenientes da China. Nem nós do Itamaraty, aqui de Brasília, nem a nossa embaixada em Pequim, nem outras áreas do governo identificaram problemas de natureza política, diplomática”, afirmou Araújo na quarta-feira (20).
O ministro deu as declarações aos membros da comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para debater o enfrentamento à pandemia de Covid-19. O colegiado fez uma reunião informal, já que, oficialmente, o Congresso Nacional está em recesso até o início de fevereiro.
“Não verificamos nenhum percalço neste sentido. Nossa análise, coincidente com o mencionado pelas pessoas que me precederam aqui, é de que realmente há uma demanda muito grande por esses insumos, evidentemente, neste momento no mundo”, declarou Araújo.