Domingo, 12 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 3 de maio de 2021
Quase 5 mil pessoas dançaram e cantaram, sem máscara ou distanciamento, durante um festival de música organizado no último domingo (2) no Norte da Inglaterra, durante um evento-teste, o primeiro autorizado após o confinamento.
O show aconteceu no Sefton Park de Liverpool, como parte de um projeto do governo para testar as medidas de segurança que devem ser implementadas a partir de 21 de junho, quando as principais restrições contra o coronavírus serão suspensas.
“Voltando a fazer coisas normais que pessoas normais fazem, finalmente”, celebrou Matt Berry, com um grupo de amigos.
O governo britânico já havia autorizado previamente um número limitado de torcedores em eventos esportivos, como uma partida de futebol no estádio de Wembley em Londres. Os pesquisadores avaliam várias abordagens em termos de ventilação e distanciamento.
Todos os participantes no festival, celebrado durante dois dias, foram obrigados a passar por testes antes de entrar no local. E depois do evento teriam que fazer outro teste.
Também foram obrigados a apresentar informações para um dispositivo de rastreamento em caso de teste positivo.
Segundo os números mais recentes do governo, mais de 34 milhões de pessoas receberam pelo menos a primeira dose da vacina no Reino Unido, que registra mais de 127 mil mortes desde o início da pandemia.
Sucesso em Barcelona
Organizadores de um show-teste, realizado com 5 mil pessoas em Barcelona (Espanha) em março anunciaram que não há nenhum sinal de contágio de covid-19 após o evento.
A apresentação, realizada em 27 de março, fez parte de um teste clínico para buscar formas seguras de celebrar eventos pós-pandemia.
Os espectadores, que não precisaram respeitar o distanciamento físico, mas utilizaram máscara PFF2, foram submetidos a testes PCR duas semanas depois e “não há nenhum sinal que sugira que aconteceu uma transmissão dentro do evento”, anunciou Josep Maria Llibre, médico do hospital catalão Germans Trias i Pujol.
De acordo com o médico, foram registrados apenas seis casos positivos, 15 dias depois do show, e os organizadores têm certeza de que “em quatro casos a transmissão não aconteceu durante o evento”.
“Com ventilação otimizada, triagem de antígenos e uso de máscara, pode-se garantir um espaço seguro”, disse o médico.
Em relação aos outros dois casos, há uma “porcentagem altíssima” de que não tenham se infectado no dia do show, afirmou o infectologista Boris Revollo.
“Pode-se dizer que não houve uma ‘supertransmissão’ durante o evento. Foi comprovado que é possível criar eventos seguros para evitar a transmissão do coronavírus”, explicou Revollo.