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Política No avião a caminho do Brasil, Lula disse a ministros que vazamento de conversa da primeira-dama com líder chinês é “inadmissível” e “desleal”

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Janja e Lula em cerimônia de boas-vindas na China, ao lado do presidente chinês Xi Jinping e da primeira-dama Peng Liyuan. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de deixar claro aos ministros que viajaram com ele à China que está contrariado e inconformado com o vazamento de uma conversa que ele e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, tiveram com o dirigente da China, Xi Jinping.

O diálogo, sobre a rede social TikTok, ocorreu em um jantar reservado oferecido ao presidente brasileiro na terça (13) pelo líder chinês, e para o qual Lula convidou poucos integrantes de sua comitiva.

Um dos presentes ao jantar relatou ao portal de notícias G1 que Janja “criou um climão” e protagonizou “uma situação constrangedora” ao pedir a palavra para criticar a rede social. O presidente reagiu publicamente e disse que a versão é injusta pois quem levantou o tema foi ele. E que não houve nenhum climão no jantar.

O avião que trazia Lula e a comitiva de volta ao Brasil, na madrugada de quinta-feira (15), já estava no meio do percurso quando o presidente decidiu dar “uma prensa geral” em seus ministros, segundo relatos feitos à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Ele iniciou a fala dizendo que o vazamento contra Janja foi “muito grave”. Afirmou ainda que achava “inadmissível que pessoas escolhidas a dedo por mim para ir ao jantar quebrem a minha confiança atacando a minha mulher”.

“É uma deslealdade”, seguiu ainda o presidente, segundo um integrante da comitiva. Afirmou também que ataques a Janja o expõem e o atingem diretamente. E que um episódio como esse, em que alguém de sua total confiança ataca Janja, nunca poderia acontecer.

Afirmou ainda que não abriria uma CPI para investigar qual foi o ministro que fez os ataques à primeira-dama, nem pediria para ver o celular de ninguém, mas que considerava o vazamento, nas circunstâncias e no tom em que ocorreu, um fato muito grave.

Lula não citou nominalmente nenhum ministro como suspeito pelo vazamento, segundo integrante da comitiva.

Dos onze ministros que viajaram com Lula, cinco estavam no jantar oferecido por Xi Jinping: Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Padilha (Saúde), Simone Tebet (Planejamento), Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Rui Costa (Casa Civil).

Depois do desabafo do presidente, Padilha tirou o celular do bolso e mostrou que tinha recebido mensagens de jornalistas que tentavam apurar o assunto, mas que não tinha respondido a nenhuma delas.

Simone Tebet afirmou que também recebeu telefonemas, mas que estava no banho e não retornou. Mauro Vieira afirmou que não tinha sido procurado pela imprensa. Fávaro admitiu que falou com um repórter, mas que o profissional já estava com a história apurada e só queria checar detalhes. Disse que não colaborou com a reportagem.

Rui Costa ficou em silêncio naquele momento, segundo relatos. Apontado desde o início como suspeito pelo vazamento, ele negou “veementemente” à coluna que fosse o autor do disparo contra a primeira-dama.

Aos poucos, o clima no avião começou a desanuviar. O ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, disse que estava agradecendo a Deus por não ter sido convidado para o jantar de Xi Jinping. Todos riram.

Outros sugeriram que Lula chamasse o superintendente da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que estava no voo, para descobrir quem era o vazador desleal.

A primeira-dama também mostrou tranquilidade em conversas com alguns dos ministros. Depois do pouso, Lula desembarcou novamente de bom humor, segundo relatos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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