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Rio Grande do Sul No Rio Grande do Sul, protestos bloquearam mais de 60 pontos em rodovias estaduais e federais

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Atos são protagonizados por grupos inconformados com derrota de Bolsonaro na eleição presidencial. (Foto: Divulgação/PRF)

Dando continuidade a um movimento iniciado na noite anterior por caminhoneiros e outros grupos inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro na eleição presidencial, ao menos 60 pontos de estradas do Rio Grande do Sul tiveram bloqueios totais ou parciais nesta segunda-feira (31). Os atos incluíram veículos atravessados na pista, barricadas e pneus incendiados.

A lista inclui rodovias federais como BR-116, 290 e 386, bem como as estaduais RS-122, 129, 287 e 453, dentre outras. Até o fim da noite não havia uma atualização oficial sobre quais já estavam liberadas ao tráfego.

Porto Alegre

A confusão promovida por indivíduos que não aceitam o resultado do pleito democrático também chegou a Porto Alegre. Incidentes ocorridos dentro e fora da cidade causaram impacto direto na vida de muitos habitantes.

Houve lentidão e congestionamentos de trânsito, atrasos significativos na chegada de ônibus intermunicipais à Estação Rodoviária e até filas nos postos de combustíveis: temendo desabastecimento, muitos proprietários de veículos correram para garantir tanque cheio.

Um ato foi iniciado na Zona Norte, no final da tarde. Dezenas de pessoas – várias delas vestindo verde-e-amarelo ou enroladas à bandeira nacional – se concentraram nas imediações de uma filial da loja Havan na avenida Assis Brasil.

Pneus em chamas trancaram parte da via, tomada pela fumaça escura, e quem “furava” de carro o protesto era alvo de hostilização. Alguns dos participantes do movimento ostentavam faixas e cartazes com reivindicações como “voto impresso” e “intervenção militar” contra o resultado das urnas.

Situação semelhante foi registrada em trecho da Freeway próximo a Santo Antônio da Patrulha (Litoral Norte). Muitos motoristas ficaram retidos por longo tempo, sem que houvesse repressão ao baderneiros por parte das autoridades de segurança pública.

Comitê de crise

No fim da tarde, um decreto do governador gaúcho Ranolfo Vieira Júnior instalou gabinete de crise para monitorar e gerenciar a situação. “Neste primeiro momento estamos fazendo a desobstrução das vias, com diálogo e negociação, de forma pacífica para proteger a sociedade e evitar maiores prejuízos”, ressaltou.

Uma primeira reunião já foi realizada no Palácio Piratini para definir a composição do colegiado, que conta com representantes dos seguintes órgãos:

– Secretaria da Segurança Pública.

– Brigada Militar.

– Polícia Civil.

– Corpo de Bombeiros Militar.

– Instituto-Geral de Perícias.

– Departamento Estadual de Trânsito.

– Secretaria de Logística e Transportes.

– Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem.

– Procuradoria-Geral do Estado.

– Casa Civil.

– Defesa Civil Estadual.

Também foram convidados o Ministério Público (Estadual e Federal), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas e Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O secretário da Segurança Pública, Vanius Cesar Santarosa, relatou que as forças de segurança do Rio Grande do Sul já estão atuando nas estradas gaúchas: “A Brigada Militar, por exemplo, passou o dia interagindo em vários pontos de mobilização das rodovias estaduais”.

Ainda segundo ele, na maioria dos pontos a negociação permitiu um recuo e sensibilização por parte dos manifestantes para que permitissem a passagem dos veículos. Foram mantidas, porém, interdições parciais ou liberações de 10 em 10 minutos.

“Nas rodovias federais, estamos monitorando o movimento e analisando as possibilidades de atuação ao lado da Polícia Rodoviária Federal”, acrescentou.

Para as 9h30min desta quinta-feira (1º) está marcada a primeira reunião oficial do gabinete de crise, para atualização do contexto e outras providências. O encontro será realizado no Centro Administrativo Fernando Ferrari (bairro Praia de Belas).

Quem também se manifestou foi o governador eleito Eduardo Leite, que assumirá o comando do Executivo estadual em janeiro. Em entrevistas à imprensa, ele defendeu a necessidade de que o poder público intervenha para liberar as estradas e fazer valer a força do voto, em uma referência às eleições de domingo: “Esse tipo de manifestação tem que ser repudiado e combatido”.

(Marcello Campos)

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