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Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2020
Já faz algum tempo que o abacate é o ingrediente queridinho dos pratos saudáveis. E quem apostou que a moda – que é global, e não apenas brasileira – iria passar rápido, se enganou. Três anos após se tornar estrela dos cardápios, ele ainda continua em alta. E essa evolução do consumo do abacate em todo o mundo põe o Brasil no mapa da produção da fruta ícone das dietas saudáveis, como o terceiro produtor mundial, e crescimento de 16% no volume de exportação de entre 2018 e 2019, o equivalente a 980 milhões de toneladas, segundo dados da Associação Abacates do Brasil.
O abacate virou tendência graças às gerações Y e Z que assumiu o fruto como símbolo do estilo saudável de vida. E não era por menos, os benefícios nutricionais são diversos. Primeiro que ele ajuda a diminuir a hipertensão – eles são ricos em potássio (mais do que a banana) e auxilia na redução da pressão arterial. Depois que ele ajuda a estabilizar o açúcar no sangue (ótimo para os diabéticos), melhora a saúde do intestino – equilibra as bactérias boas e ruins -, melhor a função cognitiva (sua gordura boa ajuda a equilibrar hormônios que afetam o humor), além de proteger o DNA. “Um estudo publicado em 2013, mostrou que o efeito do abacate Hass (o avocado) na saciedade era efetivo: os participantes que consumiram 150g dessa variedade no almoço mantiveram a saciedade por 3 a 5 horas”, diz a nutricionista Lígia Prestes.
E não apenas os benefícios para a saúde, o abacate é também um ingrediente democrático: ele cabe em diversos pratos na gastronomia, ou seja, muito além da receita típica brasileira, batido com leite e açúcar. O abacate vai bem em pratos salgados – a moda da hashtag “avocado toast” é a grande prova disso –, saladas e até mesmo frito, como um tempurá. Além disso o abacate cresce também por outro lado: o aumento de pessoas vegetarianas.
E engana-se quem acha que abacate é tudo igual. Hoje no Brasil são produzidas sete variedades. A primeira delas é o Avocado Hass, o menor deles, que tem a safra entre fevereiro e setembro, e tem baixo teor de água, porém uma boa quantidade de óleos. Já o Breda, que é produzido entre julho e dezembro, é mais adocidado e tem um equilíbrio de água e óleos. O Fortuna tem safra extensa – entre fevereiro e julho – e é um dos maiores em tamanho, com alta porcentagem de água e baixo de gorduras. O Quintal (safra entre março e julho) também faz parte do time dos frutos maiores: por isso tem muita polpa, mas é equilibrado em água e óleo, fazendo com que ele seja um dos mais cremosos. O Ouro Verde circula apenas no inverno – sua safra é bem curta, entre julho e agosto – e tem características bem definidas: é macio e ao mesmo tempo firme, e essa textura o faz perfeito para sobremesas. Com bastante personalidade, o Margarida é bem redondinho, tem sua polpa mais amarela e caroço pequeno; seu alto teor de água faz com que ele se encaixa perfeitamente em sucos e vitaminas. Sua safra é entre julho e novembro. Por fim, o Geada é conhecido por ser o abacate do verão – tem alto teor de água – o que o faz excelente para servir gelado, principalmente em saladas. Fácil de ser reconhecido por não formar pescoço.