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Mundo O agronegócio dos Estados Unidos começa a sentir os efeitos da queda de exportações após o fechamento do mercado chinês

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O voto rural foi fundamental para a vitória de Donald Trump nas eleições de 2016. (Foto: Reprodução/Twitter)

Em 2016, Donald Trump se tornou presidente graças aos 60% dos votos que teve em áreas rurais dos EUA – o que compensou a vitória de Hillary Clinton nas grandes cidades do país. Desde então, o agronegócio é um pilar de seu governo. Nas últimas semanas, porém, a guerra comercial com a China vem aumentando a insatisfação dos agricultores, afetados pelo tiroteio tarifário entre Pequim e Washington.

Trump ainda tem apoio de grande parte do setor, mas a deterioração da base pode ser fatal para sua reeleição, em 2020. Em julho, segundo pesquisa publicada pelo Farm Journal, 79% do setor rural apoiava o presidente. Em agosto, o número caiu para 71%.

Os agricultores americanos se tornaram um grande dano colateral da guerra comercial de Trump. Após um ano de disputas tarifárias, as exportações de soja americana, carne de porco, trigo e outros produtos para a China diminuíram drasticamente, já que Pequim também impôs tarifas em resposta ao protecionismo de Trump.

Os contratos lucrativos que sustentavam muitos fazendeiros foram cancelados, com os chineses buscando produtos em outros países, como Brasil e Canadá. Os pedidos de falência agrícola este ano, até junho, aumentaram 13% em relação ao mesmo período em 2018 e as taxas de inadimplência estão aumentando, segundo dados oficiais.

A situação está se tornando um problema político para Trump na véspera de um ano eleitoral. Durante meses, os agricultores hipotecaram apoio ao presidente, que garantia que sua política comercial fortaleceria o setor. Agora, em Estados considerados cruciais para a reeleição, como Minnesota, Iowa e Wisconsin, um número crescente de agricultores diz que está perdendo a paciência com a Casa Branca.

Para conter a revolta no campo, Trump despachou Sonny Perdue, secretário da Agricultura, para um giro pelos EUA. Em sua peregrinação, Perdue tenta minimizar a crise, mas volta sempre para Washington com uma lista de queixas.

“As coisas estão indo ladeira abaixo – e rapidamente”, reclamou Brian Thalmann, presidente da Associação de Produtores de Milho de Minnesota, ao secretário de Trump durante uma feira anual em Minnesota. Thalmann é um dos líderes do setor que publicamente não apoia mais o presidente.

Perder o mercado do país mais populoso do mundo foi um golpe duro para o setor rural americano. As exportações agrícolas dos EUA para a China caíram de US$ 24 bilhões, em 2014, para US $ 9,1 bilhões, no ano passado. A Casa Branca anunciou uma ajuda financeira de US$ 28 bilhões. No entanto, à medida que a guerra comercial se intensifica, como na semana passada, os ânimos pioram.

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