Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2020
Os produtores de carne bovina do Brasil planejam aumentar os volumes exportados em 6% no ano que vem, à medida que negociam acesso a novos mercados na Ásia e América do Norte, disse a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
A Abiec estimou que o Brasil, maior fornecedor global da proteína, pode exportar 2,141 milhões de toneladas no próximo ano, volume avaliado em 8,789 bilhões de dólares. O Brasil está negociando acordos para venda de carne bovina “in natura” para Canadá, Japão, Coreia do Sul e México, disseram autoridades da Abiec. Atualmente, o Brasil exporta o produto processado para o Canadá.
Juntos, esses países importam cerca de 1,3 milhão de toneladas de carne bovina “in natura” por ano, ou cerca de 12,5% do mercado internacional. A Abiec disse que as empresas brasileiras poderiam fornecer cerca de 260 mil toneladas por ano para os quatro países, representando receita potencial de 1,5 bilhão de dólares.
Superávit da balança comercial
As exportações brasileiras deverão atingir US$ 237,334 bilhões em 2021, com aumento de 13,7% em relação aos US$ 208,791 bilhões estimados para este ano de 2020. As importações poderão chegar a US$ 168,316 bilhões, com crescimento de 7,3% ante os US$ 156,916 bilhões esperados para este ano.
Estimado em US$ 69,018 bilhões, o superávit para 2021 mostrará evolução de 33% na comparação com os US$ 51,875 bilhões previstos para 2020, o que poderá representar recorde histórico, caso se concretizem as projeções. O maior superávit até agora registrado no País, foi US$ 67 bilhões, em 2017.
Os três produtos (soja, minério de ferro e petróleo) lideram as exportações brasileiras de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) e tiveram aumento da cotação média em dólar por tonelada de 25%, 42% e 12%, respectivamente, entre as cotações efetivadas em 2020 e as projetadas para 2021.
De acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), soja, petróleo e minério responderão pelo recorde de 40,2% das exportações totais do país projetadas para 2021, mantendo-se como motor de sustentação das vendas do Brasil no exterior. Em 2021, pelo sétimo ano consecutivo, a soja continuará sendo o produto líder de exportação, com US$ 36,550 bilhões, novo recorde, aposta a AEB.
A China continuará sendo o maior comprador da soja e do minério de ferro brasileiros. José Augusto de Castro disse não acreditar que as críticas do governo brasileiro à China possam afetar as relações comerciais bilaterais. “Poder [afetar], pode, mas não neste momento”, afirmou.