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Brasil O chanceler brasileiro chamou de “arrogante” o manifesto de ex-líderes europeus pró-Lula

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"Só há duas vias abertas hoje, a via da manutenção do Bolsonaro ou a derrota dele. E quem tem condição de derrotá-lo é o Lula", diz o ex-ministro. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em nota divulgada pelo Itamaraty, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira reagiu duramente a um manifesto divulgado por ex-chefes de Estado europeus pedindo a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava-Jato, nas eleições presidenciais deste ano. O ministro classificou o gesto como “preconceituoso, arrogante e anacrônico” e disse ter recebido a iniciativa com “incredulidade”.

Na nota, o chanceler afirma que cidadãos brasileiros condenados em órgãos colegiados ficam impedidos de disputar eleições. “Ao sugerir que seja feita exceção ao ex-presidente Lula, esses senhores pregam a violação do Estado de Direito”, afirma.

O manifesto é assinado pelos ex-premiês da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero, da Itália, Massimo D’Alema, Romano Prodi e Enrico Letta, da Bélgica Elio di Rupopelo, e pelo ex-presidente francês François Hollande. Os políticos europeus afirmam que “a luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos a escolher seus governantes” e se dizem comovidos com a prisão “precipitada” de Lula. Eles também mostram preocupação com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

“A prisão precipitada do presidente Lula, incansável artífice da diminuição das desigualdades no Brasil e defensor dos pobres, só pode suscitar nossa comoção”, disseram os ex-líderes, no texto ao qual a agência de notícias Efe teve acesso exclusivo.

Diante deste cenário, os políticos apelaram “solenemente para que o presidente Lula possa concorrer livremente perante o sufrágio do povo brasileiro”.

O manifesto, sob o título Chamada de Líderes Europeus em apoio a Lula, foi organizado por Jean-Pierre Bel, enviado pessoal de Hollande para a América Latina (2015-2017) e ex-presidente do Senado francês (2011-2014).

Em 5 de abril, o juiz Sérgio Moro, que havia condenado o ex-presidente em primeira instância no ano passado, determinou sua prisão a fim de iniciar o cumprimento da pena. Ele se entregou dois dias depois e, desde então, está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Segue a íntegra da nota do Itamaraty:

“Recebi, com incredulidade, as declarações de personalidades europeias que, tendo perdido audiência em casa, arrogam-se o direito de dar lições sobre o funcionamento do sistema judiciário brasileiro. Qualquer cidadão brasileiro que tenha sido condenado em órgão colegiado fica inabilitado a disputar eleições. Ao sugerir que seja feita exceção ao ex-presidente Lula, esses senhores pregam a violação do Estado de Direito. Fariam isto em seus próprios países? Mais do que escamotear a verdade, cometem um gesto preconceituoso, arrogante e anacrônico contra a sociedade brasileira e seu compromisso com a lei e as instituições democráticas.”

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