Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Eleito para suceder Nereu Ramos no Palácio do Catete, o mineiro Juscelino Kubitschek viajou para o exterior a 2 de janeiro de 1956. O roteiro incluiu Estados Unidos, sendo recepcionado pelo presidente Dwight Eisenhower, Holanda, Itália, Vaticano, Espanha, Portugal e Inglaterra, onde recebeu da rainha Elizabeth a condecoração Grã-Cruz do Império Britânico.
O Brasil estava sob estado de sítio desde 25 de novembro de 1955, quando forças conservadoras se movimentaram para impedir a posse de Juscelino.
A 3 de outubro do mesmo ano, ele tinha vencido a eleição com 35,6 por cento do votos, derrotando Juarez Távora (30,2 por cento), Ademar de Barros (25,7) e Plínio Salgado (8,2).
A turbulência política foi consequência de dois fatos:
1) Café Filho, que havia sucedido Getúlio Vargas a 24 de agosto de 1954, licenciou-se por motivos de saúde a 8 de novembro de 1955. Assumiu o presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, que se mostrou inclinado a apoiar os golpistas.
2) Luz acabou derrubado e substituído pelo catarinense Nereu Ramos, presidente do Senado.
Os contrários à posse de Juscelino alegavam dois motivos: 1) ele não tinha alcançado a maioria absoluta dos votos, o que não constava em lei; 2) contou com apoio do Partido Comunista, que estava na clandestinidade.
A viagem de JK deu início ao relacionamento externo que o Brasil ainda não tinha, abrindo possibilidades para o ingresso de capitais estrangeiros.
Juscelino tomou posse na Presidência da República a 31 de janeiro de 1956.
O desenvolvimento industrial foi a principal marca da gestão de Juscelino, ao lado da construção de Brasília. Em relação às obras da nova capital, foi motivo para o aumento da dívida pública, porque o Ministério da Fazenda não tinha os recursos necessários.
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