Segunda-feira, 17 de junho de 2024
Por Redação O Sul | 13 de abril de 2020
A cúpula do governo do Equador vai cortar pela metade seu próprio salário. A decisão faz parte de uma série de medidas anunciadas pelo presidente Lenín Moreno para tentar conter os reflexos econômicos da pandemia de coronavírus no país.
O corte deve atingir o próprio Moreno, seu vice e todos os seus ministros.
A decisão também deve afetar os parlamentares, mas neste caso não está claro qual será a porcentagem do corte.
O Equador é um dos países da América Latina mais afetados pela atual pandemia, com 7.466 casos confirmados e 333 mortes, segundo compilação feita pela Universidade Johns Hopkins.
A crise também causou o colapso do sistema funerário na cidade de Guayaquil, a maior do país.
Remoção de corpos
O governo do Equador informou no domingo (12) que conseguiu remover pelo menos 700 corpos de pessoas que morreram nas últimas semanas em suas casas em Guayaquil, cidade que virou o epicentro da pandemia de coronavírus no país.
O grande número de casos fez os sistemas funerário e de saúde da maior cidade do país entrarem em colapso. Com isso, os corpos ficam durante vários dias dentro das casas ou jogados na rua antes do serviço funerário conseguir recolhê-los
Diante disso, o governo criou uma força tarefa formada por policiais e militares para tentar resolver a situação. Foi esse grupo que conseguiu remover os corpos, anunciou seu líder, Jorge Wated.
Ele não especificou, porém, qual a causa da morte dos corpos removidos. Até este domingo o Equador registrava 333 mortes.
Presos farão caixões
Presos da cidade de Ambato, ao sul de Quito (Equador), irão produzir caixões para serem enviados a Guayaquil. A maior cidade do Equador vive um dos piores surtos de coronavírus da América Latina e concentra 68% dos casos da doença no país.
A confecção dos itens de carpintaria das peças será feita manualmente. A matéria-prima usada são madeiras que foram apreendidas em operações de combate ao desmatamento.
Um dos detentos diz que, como presidiário, ele e os amigos estão “construindo e ajudando neste infortúnio pelo qual o país e o mundo está passando, principalmente as pessoas mais necessitadas”. As informações são das agências de notícias Reuters e AFP.