Segunda-feira, 13 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 6 de março de 2016
Com o aprofundamento da crise política nos últimos dias, após a delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e a nova fase da Operação Lava-Jato, o governo quer acelerar a agenda de retomada do crescimento para tentar impedir uma paralisia. A avaliação é de que isso prejudicaria a economia e poderia fazer com que a atual recessão se transforme em uma depressão. Assim, a ordem é descolar a pauta econômica da política. No entanto, essa estratégia vai esbarrar em um Congresso onde a oposição promete jogar pesado e atrapalhar, ao máximo, as votações de medidas importantes para o ajuste fiscal.
“A economia não pode ficar refém da crise política. Não dá para parar e simplesmente ficar esperando os desdobramentos [da Lava-Jato]. A agenda vai ser tocada normalmente. Aliás, no que pudermos, vamos até acelerar”,disse um integrante da equipe econômica. Outro técnico disse: “Qual é a alternativa? Sentar na calçada e chorar? Temos que trabalhar e fazer a nossa parte para recuperar a economia.”
Segundo eles, isso significa manter o cronograma das reformas da Previdência e fiscal e continuar trabalhando pela aprovação da CPMF e da DRU (Desvinculação de Receitas da União). O Ministério da Fazenda também quer fechar as negociações para alongar as dívidas dos Estados com a União. Assim, a proposta poderá ser enviada ao Congresso até o dia 18 de março. (AG)06