Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo O Irã aplica pena de morte a um ex-funcionário acusado de vender segredos à agência de inteligência americana

Compartilhe esta notícia:

Reza Asgari foi considerado culpado de fornecer informações aos EUA sobre o programa de mísseis no Golfo Pérsico. (Foto: Divulgação)

O Irã executou um ex-funcionário do Ministério da Defesa acusado de vender informações para a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), disse o Judiciário iraniano nesta terça-feira (14). Segundo o porta-voz Gholamhossein Esmaili, citado pelo site Mizan, Reza Asgari havia se ligado à CIA durante seus últimos anos no Ministério da Defesa e vendido à agência americana  informações sobre o programa de mísseis do Irã. Ele havia se aposentado há quatro anos da divisão aeroespacial do Ministério da Defesa.

Segundo o porta-voz, Asgari recebeu quantias significativas de dinheiro dos serviços de inteligência dos Estados Unidos “após sua aposentadoria, vendendo as informações que possuía sobre nossos mísseis”.

“Foi identificado, julgado e condenado à morte”, declarou Esmaili, que disse que ele foi executado na semana passada.

Esmaili disse ainda que uma sentença de morte para Mahmoud Mousavi-Majd, um iraniano também acusado de espionagem para os EUA e Israel, ainda será cumprida. De acordo com o porta-voz, ele seria responsável por informar os EUA sobre os deslocamentos do general Qassem Soleimani, morto em um ataque executado por Washington em janeiro em Bagdá.

A espionagem teria sido conduzida até 2018, quando Majd foi preso. Soleimani comandava a Força Quds, unidade especial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, e era o militar mais poderoso do Irã.

No ano passado, o Irã anunciou que havia capturado 17 espiões que, no entender do governo, estavam trabalhando para a CIA.

A Justiça iraniana confirmou nesta terça a pena de morte para mais três presos. Neste caso para acusados de roubos, incêndios e excessos durante as manifestações de novembro de 2019 contra o aumento do preço da gasolina.

A pena de morte “foi confirmada pelo Supremo Tribunal após apelação dos advogados dos réus”, disse Gholamhosein Esmaili, também segundo o site oficial Mizan. Ele não informou a identidade dos condenados, ou a data da primeira condenação.

O porta-voz disse que eles foram detidos quando estavam cometendo “assalto à mão armada” e foram encontradas evidências em seus celulares de que haviam incendiado bancos, prédios públicos e ônibus durante os protestos.

Em 15 de novembro de 2019, um movimento de protesto estourou quando um forte aumento no preço da gasolina no Irã foi anunciado, em meio a uma crise econômica

Delegacias foram atacadas, lojas saqueadas, bancos e postos de gasolina incendiados e, em seguida, as autoridades impuseram uma interrupção da internet por uma semana.

“Filmaram tudo (…) e enviaram para agências de imprensa estrangeiras”, disse Esmaili. “Dessa forma, foi determinado que esses criminosos armados foram os bandidos que cometeram esses crimes durante os distúrbios. Eles mesmos forneceram as melhores evidências.”

Os advogados dos réus rejeitaram a sentença e observaram que a defesa não teve acesso a esses arquivos. Segundo o advogado Mostafa Nili, os três participaram dos protestos de novembro, “porque suas vidas foram afetadas pelo alto preço da gasolina”.

Nili garantiu que a defesa solicitará um novo julgamento, já que os três condenados “insistem que não cometeram sabotagem, incêndio, ou tumulto”, e que “não há documento que possa provar” os crimes.

Washington afirma que houve mais de mil mortes na repressão dos protestos. Um grupo independente que trabalha para a ONU menciona 400 óbitos, e as autoridades de Teerã, 230.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Pela primeira vez em 17 anos, os Estados Unidos levam um prisioneiro à pena de morte por um crime federal
Hackers brasileiros expandem fraudes para os Estados Unidos, para os países europeus e até para a China
https://www.osul.com.br/o-ira-aplica-pena-de-morte-a-um-ex-funcionario-acusado-de-vender-segredos-a-agencia-de-inteligencia-americana/ O Irã aplica pena de morte a um ex-funcionário acusado de vender segredos à agência de inteligência americana 2020-07-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar