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Geral O México cobra explicações dos Estados Unidos sobre acusações de retirada à força de úteros de imigrantes detidas

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Mulheres em um centro de detenção de imigrantes na Geórgia teriam sido submetidas sem consentimento a histerectomias. (Foto: Reprodução)

O governo mexicano disse nesta quinta-feira (17) ter cobrado explicações dos Estados Unidos sobre supostos abusos de imigrantes sem documentos em centros de detenção no território americano, citando informações que dão conta de ataques sexuais e cirurgias ginecológicas não autorizadas.

O pedido veio após denúncias de uma enfermeira de que, supostamente, mulheres em um centro de detenção de imigrantes na Geórgia foram submetidas sem consentimento a histerectomias (cirurgias de remoção de útero). A denúncia não especificou a nacionalidade das detentas.

Em outro caso, o México diz que seu consulado na cidade texana de El Paso está dando apoio a uma mulher mexicana que acusa agentes da Agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) de abuso sexual. Em agosto, o site ProPublica e o jornal Texas Tribune noticiaram acusações de abusos sexuais de mulheres imigrantes, incluindo uma mexicana, por parte de um guarda no centro de detenção de imigrantes em El Paso. Na época, a ICE disse que as acusações estavam sendo investigadas.

Em comunicado, o governo mexicano disse que suas representações diplomáticas estão, além de cobrar explicações de Washington, procurando identificar cidadãs do México que tenham sido vítimas nesses casos. A ICE ainda não se manifestou sobre o pedido de informações.

Na segunda-feira, as denúncias da enfermeira Dawn Wooten sobre procedimentos médicos não autorizados foram apresentadas por grupos de defesa dos direitos humanos ao Departamento de Segurança Interna dos EUA. A ICE negou as acusações.

A denúncia da ex-enfermeira do Centro de Detenção do Condado de Irwin (ICDC, na sigla em inglês) faz parte de uma queixa apresentada ao inspetor-geral do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês), na segunda-feira, pelos grupos Project South e Government Accountability Project.

Políticos americanos, como a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, e o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, se manifestaram sobre as alegações.

Se forem verdadeiras, as condições terríveis descritas na queixa da denunciante incluindo alegações de procedimentos de histerectomias em massa sendo feitos em mulheres imigrantes vulneráveis são abusos de direitos humanos absurdos”, disse Pelosi em comunicado, continuando: “O inspetor-geral do DHS deve investigar imediatamente as alegações dessa queixa.”

Ada Rivera, diretora médica da equipe do serviço de saúde da ICE, disse em um comunicado que, desde 2018, apenas duas pessoas no centro de Irwin, na Geórgia, foram encaminhadas para histerectomias após recomendações de especialistas que “foram revisadas pela autoridade clínica da instalação e aprovadas”.

LaSalle Corrections, a empresa privada responsável pela administração do local, disse em comunicado que “refuta veementemente essas alegações e quaisquer insinuações de má conduta” no centro de Irwin.

Wooten disse à Reuters nesta segunda-feira que as mulheres que reclamavam de fluxo menstrual intenso ou que pediam anticoncepcionais eram enviadas a ginecologistas fora do centro. Algumas delas, então, passavam por histerectomias, mas, segundo a enfermeira, muitas não tinham ideia de quais procedimentos médicos estavam sendo feitos.

Muitas delas disseram que não entendiam o que estava sendo feito com elas. Ninguém explicou a elas”, disse Wooten.

Os advogados que defendem os detidos em Irwin disseram à Reuters que várias mulheres reclamaram sobre o tratamento ginecológico feito por prestadores de serviço de fora do local.

Sarah Owings, uma advogada que trabalha com casos de imigração, disse à Reuters que ela e outros colegas estavam coletando informações sobre histerectomias realizadas em imigrantes e ligaram para outros advogados para revisar seus arquivos. Ela disse, no entanto, que não havia nenhuma evidência para sugerir que essas cirurgias eram feitas de maneira generalizada.

Eu realmente acho que as condições para tratamentos não são adequadas nesses lugares e que há falta de supervisão”, afirmou Owings.

Em um comunicado, o ICE disse que “um procedimento médico como uma histerectomia nunca seria realizado contra a vontade de uma pessoa”. As informações são da agência de notícias Reuters.

 

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