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Brasil O presidente Temer descartou a venda do controle da Embraer

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Temer não quer perder controle da Embraer. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Michel Temer foi informado na tarde desta quinta (21) sobre a intenção da americana Boeing de associar-se à Embraer, provavelmente na área de aviação comercial.

Conforme o presidente, ele aprova todo tipo de negociação, exceto que esteja em jogo o controle acionário da empresa brasileira. “No meu governo a Embraer jamais será vendida”, disse em reunião com o ministro Raul Jungmann (Defesa) e o comandante da Força Aérea, brigadeiro Nivaldo Rossato, além de outros auxiliares. Eles haviam recolhido informações sobre o caso após o jornal americano “The Wall Street Journal” publicar que a Embraer poderia ser comprada pela Boeing.

O governo brasileiro foi pego de surpresa pela informação. A área militar havia notado uma movimentação de executivos e lobistas ligados aos americanos em reuniões recentes em Brasília, mas não tinha clareza do que estava em curso. Na realidade, a Boeing negocia uma associação, até por saber que o governo brasileiro não autorizaria a venda.

O poder de veto do Planalto se deve a uma “golden share”, mecanismo que lhe permite voz em qualquer decisão estratégica da empresa —que foi fundada como estatal em 1969 e acabou privatizada em 1994. De lá para cá, a Embraer saiu do estado de quase falência para assumir o posto de terceiro maior fabricante de aviões do mundo.

Parte desse sucesso se deve à associação estratégica com o governo brasileiro. Seu novo cargueiro militar, por exemplo, só existe porque a Força Aérea bancou R$ 5 bilhões de seu desenvolvimento e garantiu uma encomenda de 28 aeronaves. Na quarta (20), o modelo KC-390 recebeu a sua homologação operacional inicial, e deverá ter a primeira unidade entregue à FAB em 2018.

Complicado

Ainda sem uma notificação oficial por parte da Embraer, o governo brasileiro já admitiria que a venda da empresa para a fabricante a americana Boeing será um negócio complicado de ser analisado, pelo impacto que a companhia tem sobre o desenvolvimento de tecnologia nacional.

Uma fonte da equipe econômica teria dito que o negócio é complicado porque a companhia tem muita participação no Brasil em desenvolvimento de tecnologia e na produção de equipamentos militares. Para ele, o governo vai ter que olhar a proposta “com cuidado”.

No entanto, diferente do que teria dito Temer, essa fonte afirmou que perder o controle nacional da Embraer não seria um problema para o governo brasileiro. Como a União tem uma ação especial na empresa, que permite o veto de operações importantes – a chamada golden share -, a venda precisa do aval do governo.

A fonte informou que o governo ainda não foi informado oficialmente pelas duas empresas, mas acredita que a venda deve se concretizar porque o mercado já está dando como certo. Ele lembrou que “formadores de preços” não costumam errar sobre essas tratativas.

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