Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política O Tribunal Superior Eleitoral diverge sobre a desfiliação de liberais “perseguidos” no PSB por aprovar a Reforma da Previdência

Compartilhe esta notícia:

O julgamento deve ser retomado na sessão plenária da próxima terça-feira (13). (Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

Na sessão plenária por videoconferência de terça-feira (6), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) iniciou o julgamento de uma ação declaratória de justa causa apresentada pelo deputado federal Rodrigo Coelho, de Santa Catarina, para que possa se desfiliar do PSB (Partido Socialista Brasileiro) sem perder o mandato.

Após o voto do relator do processo, ministro Edson Fachin, pela improcedência do pedido do parlamentar, e do voto divergente do ministro Alexandre de Moraes, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, suspendeu o julgamento em cumprimento ao decreto do Governo do Distrito Federal que determinou toque de recolher a partir das 22h em razão da pandemia de Covid-19.

Na ação ajuizada contra o Diretório Nacional do PSB, Rodrigo Coelho sustenta, entre outros pontos, que a existência de desvios reiterados do programa partidário e a grave discriminação de ordem pessoal sofrida desde que votou a favor da Reforma da Previdência, em 2019, caracterizam a devida justa causa para se desligar da agremiação.

Ao TSE, Rodrigo Coelho apontou que a justa causa para deixar o PSB se justifica, além da perseguição, pela ocorrência de “desvio reiterado do programa partidário”, baseado justamente no rompimento da autonomia prometida a seu grupo.

Em seu voto, o ministro Edson Fachin ressaltou que a jurisprudência do TSE tende a considerar que a hipótese de discriminação pessoal que caracteriza justa causa para desfiliação exige a demonstração de fatos certos e determinados que tenham o condão de afastar o mandatário do convívio da agremiação, ou que revelem situações claras de desprestígio ou perseguição.

Fachin afirmou, ainda, que tal reconhecimento exige a prática de ato dirigido ao filiado do partido e que se revista, ao menos, de um dos seguintes elementos: arbitrariedade, iteratividade ou execração pública. Para ele, nenhum desses elementos ficou comprovado nos autos.

Assim, o relator rejeitou a alegação de justa causa para a desfiliação partidária com base no suposto desvio reiterado do programa partidário e na grave discriminação pessoal gerada pela sanção administrativa imposta pelo partido em decorrência da votação do parlamentar na Reforma da Previdência.

Ao divergir do relator, o ministro Alexandre de Moraes reconheceu a existência dos reiterados desvios no programa partidário, em total desrespeito e falta de transparência aos filiados, bem como a grave discriminação pessoal sofrida pelo deputado. Para ele, a justa causa para a desfiliação sem perda do mandato está perfeitamente caracterizada diante dos inequívocos excessos praticados pelo partido.

O julgamento deve ser retomado na sessão plenária da próxima terça-feira (13). O caso deve ser analisado em conjunto com um processo semelhante envolvendo o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES).

A corte eleitoral também já começou a julgar o caso de Rigoni. O julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso, em maio de 2020, e teria sido retomado também na terça, não fosse a ausência justificada do relator, ministro Tarcísio Vieira de Carvalho.

Felipe Rigoni, até agora, tem apenas o voto do relator, contra o reconhecimento da justa causa para se libertar do PSB. As informações são do TSE e da Revista Consultor Jurídico.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

O Senado retira da pauta de votação a proposta que derruba decretos de Bolsonaro sobre o uso de armas
O presidente do Senado vai cumprir ordem de ministro do Supremo para instalar a CPI da Pandemia, mas diz que a decisão é equivocada
https://www.osul.com.br/o-tribunal-superior-eleitoral-diverge-sobre-a-desfiliacao-de-liberais-perseguidos-no-psb-por-aprovar-a-reforma-da-previdencia/ O Tribunal Superior Eleitoral diverge sobre a desfiliação de liberais “perseguidos” no PSB por aprovar a Reforma da Previdência 2021-04-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar