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Rio Grande do Sul O volume de passageiros já caiu 75% nos ônibus intermunicipais da Grande Porto Alegre desde a chegada da pandemia

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Estudo alerta para o risco de interrupções do serviço, demissões em massa e dificuldades de retomada pós-pandemia. (Foto: Joel Vargas/PMPA)

Com a chegada do coronavírus ao Rio Grande do Sul, o transporte coletivo intermunicipal enfrenta o agravamento de um problema que já vinha sendo constatado nos últimos anos: a queda brusca no volume de passageiros. Somente na Grande Porto Alegre, a redução é de aproximadamente 75% desde que o governo do Estado e prefeituras passaram a adotar medidas restritivas.

Antes da pandemia, o sistema metropolitano chegava a transportar 300 mil usuários por dia, número que despencou para menos de 80 mil nas primeiras fases de implantação das diretrizes de isolamento social. Com menos passageiros, as empresas intermunicipais como um todo devem acumular, de março a junho, uma perda de receitas superior a R$ 100 milhões.

Os impactos da Covid-19 sobre o sistema de transportes fazem parte de um estudo inédito desenvolvido pelo Comitê de Dados da Seplag (Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão).

Esse quadro é especialmente grave nos Sistemas de Longo Curso e na Região Metropolitana de Porto Alegre, pois representam cerca de 91% do total de receitas, alertam especialistas que participaram da pesquisa. Em média, os salários dos funcionários das empresas de transporte coletivo e o combustível representam 70% dos custos para as linhas intermunicipais operarem.

A retração do contingente transportado pelo sistema intermunicipal tem sido constante desde 2012. Nos dois grandes cenários mencionados, o total de passageiros que deixou de andar de ônibus já passa de 61 milhões desde então. Nas linhas de longo curso, as perdas entre 2011 e 2019 chegaram a 23,5 milhões de passageiros (-43,30%) e nos itinerários da Grande Porto Alegre o recuo foi ainda maior em termos absolutos: 37,9 milhões (-28,4%).

Projeções

Um dos resultados do levantamento foi o alerta para o risco de interrupções do serviço e demissões em massa, desestruturando equipes de trabalho e dificultando inclusive a retomada pós-pandemia. Conforme o governo gaúcho, são esperadas perdas médias de 43,4% na arrecadação do segmento nesses quatro meses.

Além de projetar o impacto negativo na receita na ordem de R$ 25,1 milhões ao mês nesse período, a pesquisa apontou que os custos estimados seriam de R$ 44,7 milhões, mesmo com uma redução de oferta de ônibus na ordem de 60%. Em média, os salários dos funcionários e combustível representam 70% dos custos para as linhas intermunicipais operarem.

Além desses dois sistemas, o trabalho envolveu também um diagnóstico da situação das empresas que operam na região metropolitana da Serra Gaúcha e nas aglomerações urbanas do Litoral Norte e do Sul.

O estudo foi elaborado por técnicos que atuam na própria Seplag e na Agergs (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul), além de instituições públicas como a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Em diferentes frentes, o Executivo estadual vem discutindo internamente alternativas para a crise vivida pelo segmento.

(Marcello Campos)

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