Domingo, 11 de maio de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
15°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Orçamento secreto, eleições na Câmara e no Senado, formação da base: os desafios de Lula no Congresso

Compartilhe esta notícia:

Maiores bancadas na Câmara e no Senado em 2023 serão do PL, principal oposição. (Foto: Divulgação)

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai encontrar um Congresso no qual o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, fez as maiores bancadas na Câmara e no Senado. A formação de uma base sólida, para fazer frente à oposição, será um dos principais desafios do novo presidente.

Outros pontos de atenção para Lula, logo na largada do governo, devem ser o tratamento que ele dará ao orçamento secreto e a postura a ser adotada nas eleições para presidência da Câmara e do Senado, marcadas para fevereiro.

Formação da base

Dos 513 deputados, 99 serão do PL em 2023. Dos 81 senadores, 15 serão da sigla de oposição. Por outro lado, o PT possui 9 senadores e 68 deputados, mas tem também o respaldo das siglas que compuseram a coligação que venceu as eleições (PC do B, PV, Solidariedade, PSOL, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros), somando, ao todo, 139 deputados e 12 senadores.

Para aprovar uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) como, por exemplo, a que vem sendo estudada pela equipe de transição do governo para custear o Bolsa Família de R$ 600, é necessário o apoio, em dois turnos, de três quintos dos deputados (308) e dos senadores (49).

Apesar de os parlamentares votarem de acordo com a posição partidária, e, em alguns casos, serem liberados para votar como quiserem, a formação de alianças entre partidos é fundamental para garantir a governabilidade.

“Naturalmente que é um cenário de mais dificuldades do que nós imaginamos. No entanto, em todas as avaliações que nós fizemos, nós também identificamos que há espaços para negociação, há espaços para conversação, não tenha dúvida. E eu creio que é possível construir uma base de apoio favorável ao governo”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE).

Ainda, segundo Costa, o interesse do partido é fazer um governo “que tem uma característica que seria de uma ampla frente democrática, que pode envolver alguns partidos que tem até um certo histórico conservador, mas que em nome do combate à extrema direita no país possam participar da base de apoio, possam participar do governo”.

Para o cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando, o PL não é “na essência bolsonarista” e só irá fazer uma “oposição aguerrida” se o Lula der uma “derrapada”.

“Eu não creio que o PL por si só consiga tornar-se uma força de oposição ao Lula. Agora, se o Lula se desgasta muito, se o Lula começar a ter problema, por exemplo, essas derrapadas que ele está tendo em relação à economia, e ele se enfraquecer muito, aí o PL e os bolsonaristas podem ganhar força e tornar-se uma oposição mais ferrenha, mais aguerrida”, considerou Prando.

O primeiro-vice líder do PL na Câmara, o deputado Giovani Cherini (PL-RS), disse que a relação do novo governo com a oposição no Congresso vai depender de como “vão tratar” os partidos opositores.

“Espero que aqueles deputados que forem eleitos usando o nome do presidente Bolsonaro que eles continuem na oposição. Isso são muitos, não só no PL, mas no PP, Republicanos”, disse.

Por outro lado, para o deputado Enio Verri (PT-PR), parlamentares do PL já estão buscando o diálogo com o presidente eleito Lula e que, para ele, a oposição “não será tão grande”.

Eleição na Câmara e no Senado

Outro ponto que vai exigir poder de articulação de Lula são as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro.

Na Câmara, o atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), já está em campanha pela reeleição. Ele apoiou Bolsonaro na disputa de outubro. No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que adotou postura neutra na corrida ao Planalto, também deve tentar se reeleger.

De acordo com o blog do Valdo Cruz, o presidente eleito Lula já sinalizou que o PT não lançará candidatos aos comandos de Câmara e Senado.

Parlamentares reforçaram que o PT não deve lançar candidatura. A sigla ainda vai conversar com aliados e outros partidos para analisar do lado de quem vai ficar nas eleições nas Casas.

Orçamento secreto

Criado no governo Bolsonaro, o orçamento secreto passou a ser um dos principais pontos que balizam a relação do Congresso com o Poder Executivo.

Nos últimos anos, o Orçamento da União previu montantes bilionários para as emendas de relator, também conhecidas como orçamento secreto. Receberam esse apelido porque seus critérios de distribuição e mecanismos de rastreamento são menos definidos e menos transparentes que de outras emendas parlamentares.

O fim do orçamento secreto foi uma das promessas de campanha de Lula.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Gastos fora do teto via PEC da Transição podem ir a 203 bilhões de reais
Sem discurso, Bolsonaro encerra primeira agenda oficial fora de Brasília em formatura de militares
https://www.osul.com.br/orcamento-secreto-eleicoes-na-camara-e-no-senado-formacao-da-base-os-desafios-de-lula-no-congresso/ Orçamento secreto, eleições na Câmara e no Senado, formação da base: os desafios de Lula no Congresso 2022-11-26
Deixe seu comentário
Pode te interessar