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Mundo A Organização Mundial da Saúde admitiu erro e elevou a avaliação de risco internacional do coronavírus

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Chineses durante comemoração do seu ano novo em meio ao risco do coronavírus.

Foto: Mori/Office of the President
Até esta segunda (27), mais de 2.700 pessoas foram infectadas e 81 morreram. (Foto: Mori/Office of the President)

A OMS (Organização Mundial da Saúde) mudou para “elevado” o risco internacional de contaminação pelo novo coronavírus. A correção do status pela entidade, divulgada nesta segunda-feira (27), aconteceu em função de um “erro de formulação” que havia apontado o risco como moderado.

O número de mortos pelo coronavírus aumentou para 106. As autoridades sanitárias da província de Hubei, onde está localizada Wuhan — local que começou a epidemia — afirmaram que o vírus infectou outras 1.291, elevando os casos de doença para mais de 4 mil em toda a China.

A OMS, em seu relatório sobre a situação, indica que sua “avaliação de risco (…) não mudou desde a última atualização (22 de janeiro): muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo”.

Em relatórios anteriores, o órgão das Nações Unidas apontou que o risco global era “moderado”. “Foi um erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos”, explicou à AFP uma porta-voz da instituição com sede em Genebra.

A OMS só utiliza esse termo para epidemias que exigem certa reação global, como a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus zika em 2016 e a febre ebola, que atingiu parte da África Ocidental entre 2014 e 2016 e a República Democrática do Congo desde 2018.

Desde os primeiros casos em dezembro, casos de pessoas infectadas foram registradas na Ásia, na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.

Da família dos coronavírus, como o SARS, o vírus 2019-nCoV causa sintomas gripais em pessoas que o contraíram e pode levar à síndrome respiratória grave.

Com o surto de SARS (2002-2003), a OMS criticou Pequim por ter demorado a alertar e tentar esconder a verdadeira extensão da epidemia.

A OMS também foi criticada nos últimos anos. Considerada alarmista por alguns durante a epidemia do vírus H1N1 em 2009, foi acusada, durante a epidemia de ebola na África Ocidental (2014), de não ter calibrado a verdadeira extensão da crise.

O coronavírus

A epidemia de coronavírus começou semanas antes do Ano-Novo chinês, comemorado no sábado (25), Centenas de milhões de pessoas fazem bilhões de viagens pelo país por causa das festividades, o que provavelmente aumentou a transmissão.

Para impedir que o vírus se espalhe ainda mais, autoridades  isolaram 13 cidades da província de Hubei, área com cerca de 40 milhões de habitantes, e anunciaram o fechamento de diversas atrações turísticas.

A Cidade Proibida, trechos da Grande Muralha, os túmulos da dinastia Ming e a floresta Yinshan Pagoda não terão mais acesso de turistas até segunda ordem. O Estádio Nacional de Pequim, conhecido como Ninho de Pássaro, construído para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, também teve suas portas fechadas.

Os serviços de transporte público na província foram totalmente paralisados. O uso de máscaras em prédios públicos se tornou obrigatório e aqueles que desrespeitarem a medida estão sujeitos a responsabilização legal.

Não há casos no Brasil. O Ministério da Saúde diz que está em estado de alerta inicial e divulgou recomendação na última quinta-feira (23) para que equipes de saúde fiquem alertas a casos de pessoas com sintomas respiratórios e que apresentam histórico de viagens a áreas de transmissão ativa do novo coronavírus registrado na China.

Até o momento, ao menos cinco casos chegaram a ser informados como suspeitos por secretarias estaduais de saúde, mas foram descartados por não se enquadrarem nos critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde para definição de suspeita da doença.

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https://www.osul.com.br/organizacao-mundial-da-saude-diz-que-errou-e-corrige-a-avaliacao-de-risco-internacional-do-coronavirus/ A Organização Mundial da Saúde admitiu erro e elevou a avaliação de risco internacional do coronavírus 2020-01-27
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