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Por Redação O Sul | 7 de julho de 2020
Os norte-americanos estão mais pessimistas sobre as perspectivas de uma rápida recuperação econômica após a pandemia de Covid-19, especialmente os que vivem nas regiões sul e oeste do país, que enfrentam uma nova onda de casos da doença. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (7) pelo jornal britânico “Financial Times”.
O número de entrevistados que disse acreditar em uma recuperação completa da economia americana neste ano caiu de 42% para 37% na comparação com a pesquisa realizada há um mês. Já o percentual dos que afirmam que a recuperação demorará um ano ou mais cresceu de 58% para 63%.
Quase metade dos eleitores consultados no levantamento (49%) disse esperar que a pandemia fique pior na comunidade onde vive. Na última pesquisa, esse índice era de 35%. Além disso, apenas 24% esperam que a situação melhore.
Feita no fim de junho em parceria com a Peter G. Peterson Foundation, a pesquisa mostra que os americanos que vivem em áreas afetadas pelo novo surto de infecções, como os Estados da Flórida, Arizona e Texas, estão mais pessimistas que o restante do país.
No sul, 56% dos entrevistados disseram esperar que a pandemia piore na região no próximo mês. No oeste, o índice sobe para 59%. Em comparação, no nordeste, onde está Nova York, primeiro epicentro da Covid-19 nos EUA, apenas 29% acreditam que a crise pode se agravar nas semanas seguintes.
A região nordeste é a única que também apresentou uma mudança positiva em relação às perspectivas econômicas. No sul, o número de pessoas que acredita que a recuperação econômica demorará mais que um ano subiu seis pontos percentuais. Já no oeste, a alta foi de oito pontos percentuais na comparação com o levantamento de maio.
Os resultados sublinham o desafio enfrentado pelo presidente Donald Trump, que esperava que a resposta econômica à crise fosse o ponto de partida para a campanha à reeleição contra o democrata Joe Biden. Outras pesquisas também mostram que o apoio ao republicano vem caindo nas áreas onde a Covid-19 mais avança.
As maiores companhias aéreas dos Estados Unidos assinaram cartas de intenção para obterem empréstimos federais e enfrentar a crise gerada pelas medidas devido à pandemia de coronavírus. As companhias aéreas norte-americanas já receberam ajuda de US$ 25 bilhões para pagarem salários e são candidatas a receber mais US$ 25 bilhões sob um programa de empréstimo federal.
O Departamento do Tesouro afirmou que United Airlines, Alaska Airlines, Delta Air Lines, JetBlue Airways e Southwest Airlines assinaram cartas de intenção envolvendo o empréstimo, que inclui restrições ao pagamento a executivos e recompras de ações.
“Vamos trabalhar com as companhias aéreas para finalizarmos os acordos e fornecermos a elas a capacidade de acessarem estes recursos se optarem por isso”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em comunicado.
Na semana passada, o departamento afirmou que acertou os termos sobre os empréstimos com cinco outras companhias aéreas, incluindo a American Airlines.
As companhias aéreas norte-americanas têm até 30 de setembro para decidirem se tomam o empréstimo. Elas poderão fazer demissões a partir de 1º de outubro.