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Mundo Os brasileiros que estudam nos Estados Unidos não acreditam na ameaça de suspensão dos vistos sugerida pelo governo de Donald Trump

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De acordo com a finalidade da viagem, pode ser necessário a emissão de um ou outro tipo de visto.(Foto: Reprodução)

Os brasileiros que estudam nos Estados Unidos não acreditam na ameaça de suspensão dos vistos sugerida pelo governo de Donald Trump. Acham que é uma forma de pressionar as universidades para que retomem logo as aulas presenciais. No início da semana, o Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA disse que os estudantes com vistos F-1 e M-1 cujas escolas operam apenas on-line “devem sair do país ou tomar outras medidas, como a transferência para uma escola com instrução presencial”. Caso contrário, há risco de serem expulsos.

De acordo com o novo regulamento, quando os estudantes estiverem em um centro com modelo misto (ensino presencial e a distância), terão de provar que estão matriculados no número máximo de aula presenciais para preservar seu visto.

O estudante Ian Martins vive há quatro anos no Estado de West Virginia e cursa marketing na Universidade de Charleston. Divide a casa com a namorada e decidiu permanecer nos EUA mesmo com a interrupção das aulas presenciais. Também não cogitou arrumar as malas após a recente ameaça.

Ian está adaptado. É goleiro titular no time da faculdade, atual campeão nacional. Ele não imagina que o governo dos EUA vá suspender os vistos e mandá-lo de volta de uma hora para outra. “É uma tentativa de tentar forçar as universidades a reabrirem com aulas presenciais. Apesar de estarmos com um visto de estudo, muitos de nós já construímos uma vida aqui. Não é tao simples assim simplesmente arrumar as coisas e voltar para o Brasil, sabe?”

A estudante Rafaela Lucioni, 18 anos, acrescenta que se for realmente somente uma tentativa de pressionar, é equivocada. “É uma decisão burra. Os alunos internacionais pagam mais caro. Também pagam impostos. Eles mobilizam a economia.”

A jovem está no primeiro ano de dois cursos simultâneos na Universidade George Mason, em Washington: relações internacionais e análise e resolução de conflitos. Nesta faculdade, um curso para um estrangeiro sem bolsa de estudos custa por volta de US$ 60 mil dólares (R$ 324 mil) por ano. Segundo o Instituto de Educação Internacional (IIE), no ano acadêmico de 2018 e 2019, havia mais de um milhão de estudantes estrangeiros nos EUA.

Diferentemente de Ian, Rafaela optou por retornar ao Brasil em abril, quando terminaram as aulas presenciais. Assim consegue poupar um pouco dos gastos com moradia e alimentação – ela não paga o valor integral do curso, tem uma porcentagem de bolsa por causa das notas. Mas a vida ainda está nos Estados Unidos virtualmente. Além das aulas, ela é integrante do governo estudantil da faculdade e faz estágio on-line com um grupo de pesquisa sobre direitos humanos e justiça social. Pelo o que em escutado dos professores, a rotina de estudo remoto em sua área deve continuar por mais tempo.

A universidade, segundo a jovem estudante, deve priorizar a retomada das aulas presenciais inicialmente para cursos que demandem aulas práticas, como medicina, dança e música, por exemplo. “Como sou da área de humanas, preciso mais ouvir palestras, ler e discutir. Dá para seguir de maneira on-line.”

A intenção de Rafaela é seguir em São Paulo, por enquanto. Em Washington, a brasileira morava no campus da universidade, dividia o quarto com uma outra estudante e o banheiro com mais três.

A situação é parecida com a de Ivo Pellegrino, que está no terceiro ano de administração de empresas na Universidade de São Francisco. Ivo morava no campus com outros três estudantes e retornou ao Brasil em março. Ele imaginava voltar em agosto para os Estados Unidos. “Estou na expectativa pela reabertura das fronteiras para os estudantes. Se reabrir, volto no dia 19 de agosto. Se não, sigo aqui em São Paulo”.

Ivo acredita que o governo dos Estados Unidos adotará um tom mais flexível quando estiver mais próximo do reinício das aulas. “Me parece que eles querem que os estudantes voltem a estar presentes nas universidades para retomar a economia. Não acredito que vão caçar o diploma dos estrangeiros. É só uma ameaça mesmo.”

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