Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de junho de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O médico e deputado federal Osmar Terra avalia que a rebelião de prefeitos do Rio Grande do Sul, contra uma nova medida de restrição do Governo do Estado às atividades empresariais, é o resultado da constatação de que “restrição ou quarentena, infelizmente, não impediu as mortes que ocorreram no estado, ou no Brasil. Estamos fechando 14 semanas de evolução da epidemia dia 30 de junho, mas antes disso já veremos, nas regiões mais atingidas, uma importante redução da demanda como já ocorre no Rio de Janeiro”. Osmar Terra conversou ontem à noite com o colunista.
“Quero apenas uma evidência científica”
Osmar Terra afirma que se os governos de São Paulo ou do Rio Grande do Sul “me apresentarem apenas uma evidência científica de que esse modelo restritivo da circulação das pessoas e da atividade empresarial reduz a circulação do vírus, eu me convenço”.
“Uma estupidez”
Segundo ele, o número reduzido de contágios no Rio Grande do Sul, proporcionalmente aos números do País, não tem nenhuma relação com as medidas de restrição dos governos à circulação de pessoas, ou da atividade empresarial. Isso é uma estupidez!”. Para o ex-ministro, “no Rio Grande do Sul, a transmissão não foi pior apenas porque há menos vírus circulando”. Osmar Terra sugere que o caminho mais sensato, “é seguir países de melhor resultado, adotando proteção dos grupos de risco e testagem maciça, sem sufocar empresas nem fechar escolas.”
“Arrebentando com o Brasil, destruindo empregos”
O presidente Jair Bolsonaro, que por decisão do STF, não interfere na gestão das medidas de prevenção, hoje responsabilidade exclusiva de governadores e prefeitos, tem posição clara sobre o tema: “o que estão fazendo no Brasil, alguns poucos governadores e alguns poucos prefeitos, é um crime. Eles estão arrebentando com o Brasil, estão destruindo empregos”.
Sobre o fechamento dos escritórios de advocacia
Manifestação do advogado Artur Garrastazu Gomes-Ferreira: “Hoje o (prefeito da capital gaúcha) Marchezan fechou novamente os escritórios de advocacia, em afronta ao preceito constitucional que consagra a advocacia como atividade essencial. Incompreensível que se conceba que o risco de contaminação em um escritório de advocacia seja maior do que em um restaurante, ou shopping center, ou escritório de contabilidade. Os prefeitos e governadores apregoam “decisões técnicas”, mas o que se vê é uma nau à deriva, navegando ao sabor da pressão, dos interesses eleitoreiros e da vocação ditatorial que permeia a ação de todo o intervencionista. Que as urnas punam estes déspotas das liberdades individuais, relegando-os ao ostracismo!”
Nota de oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica
Uma nota subscrita ontem por Militares das três armas e ex-integrantes do Itamaraty traz um texto crítico dirigido ao STF e ao ministro Celso de Mello, relator do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro interferiu politicamente na Polícia Federal, como acusa o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, foi divulgada ontem em Brasília. O documento faz uma alusão a Celso de Mello, na parte em que se lê: “Nenhum Militar, quando lhe é exigido decidir matéria relevante, o faz de tal modo que mereça ser chamado, por quem o indicou, de general de merda”. O texto parece fazer menção ao trecho do livro de memórias “Código de Honra” do jurista Saulo Ramos, padrinho da indicação de Celso de Mello ao STF, onde na página 170, adjetiva o ministro de “juiz de merda”.
Apadrinhamento
A nota menciona que “ninguém ingressa nas Forças Armadas por apadrinhamento.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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