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Brasil Para analista, juro alto reflete a falta de clareza com o rumo fiscal do País, além de inseguranças jurídica e tributária

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Há várias maneiras de se olhar para o tamanho do juro real no Brasil. (Foto: Reprodução)

Com uma série de incertezas, sobretudo em relação ao futuro das contas públicas, o Brasil tem convivido com um juro real elevado, que voltou a ficar em torno de 10% ao ano. Esse cenário é bastante ruim para a economia brasileira, porque inibe os investimentos e não permite que o País aumente o potencial de crescimento.

Os economistas apontam vários motivos para explicar por que o Brasil tem um juro real (que é, basicamente, a taxa de juros nominal, hoje em 15% ao ano, menos a inflação) tão elevado. As razões envolvem desde a falta de clareza sobre o rumo fiscal do País até a insegurança jurídica e tributária, que desorganiza a economia brasileira.

“A consequência de um juro real tão alto é que ele deprime os investimentos. Só projetos muito rentáveis são feitos”, afirma Igor Barenboim, economista-chefe da Reach Capital. “Você acaba tendo menos investimentos e reduzindo o crescimento econômico potencial.”

Há várias maneiras de se olhar para o tamanho do juro real no Brasil – e todas mostram uma piora de cenário nos últimos anos.

Para especialista, juro alto persistente indica falta de coordenação na política econômica, juro prefixado de um ano e deduzir a inflação esperada para esse mesmo período.

Em meados de dezembro, por exemplo, essa diferença chegou a 10,2%. Foi logo após o governo ter apresentado um pacote de contenção de gastos, considerado insuficiente pelos analistas, numa tentativa de recuperar a credibilidade do arcabouço fiscal, ao mesmo tempo que divulgou a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

À época, o anúncio do governo ampliou a incerteza entre os investidores, e o dólar chegou a ser cotado a R$ 6,30. Com a inflação acima da meta de 3% e pressionada pelo câmbio desvalorizado, além de um cenário externo que se desenhava bastante conturbado, já com a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, o Banco Central encampou um duro aperto monetário, levando a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano.

Desde então, o juro real se manteve na casa dos 9% e, mais recentemente, voltou a operar próximo dos dois dígitos.

“É comum uma fase momentânea de juro alto, acima do chamado juro neutro, que é aquele que não provocaria nem aumento nem redução da taxa de inflação”, afirma José Júlio Senna, ex-diretor do Banco Central e chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

“Agora, juros altos por muito tempo já refletem outra coisa. Indicam, fundamentalmente, uma ausência de coordenação de política econômica como temos agora.” (Com informações do portal Estadão)

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