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Economia Para cada carro zero são vendidos cinco usados; comércio de veículos novos teve seu melhor outubro em dez anos

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A expectativa de vendas de usados até dezembro deve fazer 2024 superar os níveis de 2021. (Foto: Reprodução)

No ano em que as montadoras iniciaram novos ciclos de investimentos, que ultrapassam R$ 115 bilhões, e a venda de automóveis zero quilômetro cresce forte, a revenda de veículos usados também está com o pé no acelerador. Esse mercado prevê fechar o ano com 15,5 milhões de unidades comercializadas até dezembro, um recorde histórico que representará alta de 7,5% em relação ao ano passado.

Segundo a Anfavea, associação que reúne as montadoras, para cada veículo zero que sai das concessionárias ao menos outros cinco usados são vendidos no País. A venda de veículos novos teve seu melhor outubro em dez anos. Foram 264,9 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus emplacados, alta de 21,6% frente ao mesmo mês do ano passado, e de 12,1% em relação a setembro. Naquele mês, foram vendidos 1,45 milhão de usados e, em novembro, 1,27 milhão.

Com renda em alta, as montadoras estão conseguindo esvaziar os pátios, mas nem todo mundo pode pagar por um carro zero. As revendedoras de usados ajudam a concretizar o sonho com preços mais baixos e facilidade de crédito. Agentes desse mercado apontam a insatisfação com o transporte público e o crescimento dos interessados em atuar como motoristas de aplicativos como outros fatores que explicam a maior procura por carros de segunda mão, particularmente os seminovos.

A busca por veículos de até três anos de uso tem crescido mais que a média. Segundo a Federação dos Revendedores de Veículos (Fenauto), a venda desses seminovos subiu 15% até novembro, na comparação com os onze primeiros meses de 2023. O mercado como um todo cresceu 9,5%.

Mais aquecido

A expectativa de vendas de usados até dezembro deve fazer 2024 superar os níveis de 2021, quando a falta de semicondutores atrasou a produção das montadoras no pós-pandemia e fez muita gente trocar concessionárias de carros novos pelos estabelecimentos de usados, que se valorizaram. Naquele ano, foram 15,1 milhões de transações.

A previsão de 15,5 milhões de usados vendidos neste ano supera em quase quatro vezes a produção estimada de novos, considerando além de carros leves, caminhões e motos. Segundo a Anfavea, a expectativa é que sejam fabricados 2,5 milhões de veículos no país em 2024. Serão 1,72 milhão de motocicletas, de acordo com a Abraciclo, que reúne as fabricantes do segmento.

“A indústria não consegue entregar o que o mercado pede e nem se ajustar à capacidade de renda ao brasileiro. O brasileiro migra para o seminovo porque o zero quilômetro está proibitivo”, afirma Enilson Sales, presidente da Fenauto.

Um Renault Kwid 1.0 zero, um dos modelos mais baratos do país, não sai da concessionária por menos de R$ 67,7 mil. O preço salgado dos veículos novos, explica Sales, vem principalmente da adição de funções tecnológicas, como central multimídia, airbags laterais e vidros elétricos, que aumentam a margem de lucro das montadoras. Por outro lado, os modelos de entrada perdem a condição de “populares”, distanciando-se do consumidor de renda mais baixa. Sales lembra que os modelos mais básicos são fabricados sob encomenda só para as locadoras de veículos, que compram três de cada dez carros que saem das fábricas.

Para quem não pode pagar por um zero, a principal vantagem do seminovo é a possibilidade de ter um carro moderno com preço bem menor. Em geral, um automóvel zero perde 20% do valor no primeiro ano de uso e 10% nos seguintes. Mas o líder da Fenauto diz que a alta demanda por usados alterou essa dinâmica: “A depreciação do seminovo caiu para 15% no primeiro ano e 7% nos seguintes.”

O mais procurado

Segundo o portal OLX, que faz a intermediação entre vendedores e compradores de seminovos na internet, o Hyundai HB20 é o carro mais buscado entre os usados de até três anos na categoria hatchback. Um exemplar zero do mesmo modelo básico sai das concessionárias, segundo a Fipe, por R$ 79.820. Um usado de 2021 custa, em média, R$ 57.908, cerca de 30% menos. As informações são do jornal O Globo.

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