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Brasil Pedro Parente pediu demissão da presidência da Petrobras enquanto ainda tinha força para influenciar no processo de escolha de seu sucessor no cargo

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Comportamento do executivo surpreendeu o Planalto e desagradou ao PSDB. (Foto: Agência Brasil)

Em conversas com pessoas de sua confiança, Pedro Parente, agora ex-presidente da Petrobras, indicou ter decidido deixar a estatal logo após o fim da greve nacional dos caminhoneiros, para que, com a sua reputação ainda preservada junto ao mercado, mantivesse força para impor ao governo do presidente Michel Temer a nomeação de um quadro técnico.

Alvo de intensas pressões no cenário político, o engenheiro entendeu que, se acabasse demitido por pressão do Congresso Nacional, perderia o seu cacife para influenciar o processo de sucessão no cargo.

O comportamento de Parente no caso surpreendeu o Palácio do Planalto mas desagradou ao PSDB, espécie de “fiador” de sua ascensão ao comando da Petrobras, em maio de 2016, quando Temer assumiu o comando do Poder Executivo devido ao afastamento da então presidenta Dilma Rousseff pelo processo de impeachment. Dentre os decepcionados está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), um dos caciques do partido tucano.

Pedro Parente já havia avisado que não sairia em meio à crise dos caminhoneiros, sinalizando que pularia fora somente após o fim do impasse que causou uma série de transtornos ao País, com desabastecimento em postos de combustíveis, supermercados e outros estabelecimentos. Ninguém apostava, entretanto, que ele anunciaria a decisão no dia seguinte à normalização do abastecimento.

Fazenda

Por outro lado, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, tornou-se uma espécie de “figura sagrada” para o governo federal. A sua atuação tem sido constantemente elogiada pelo presidente Michel Temer.

Auxiliares do Planalto avaliam que ele foi fundamental, nos últimos dias, para a aprovação de medidas provisórias no Congresso Nacional, em busca de uma saída contábil para a greve dos caminhoneiros. Além disso, Guardia foi fundamental para a nomeação do substituto de Parente.

O titular da Fazenda fez a ponte entre o Palácio do Planalto e Ivan Monteiro, engenheiro que vai assumir o comando da Petrobras. Após o pedido de demissão de Parente, Guardia contribuiu para a análise de nomes e, assim que o governo fechou a escolha de Monteiro, ele telefonou para o engenheiro, que resistia à ideia de aceitar o cargo. Guardia apresentou os planos do Planalto e prometeu que não haveria interferência na estatal.

Já na noite de sexta-feira, o ministro Moreira Franco (Minas e Energia) encaminhou ao Conselho de Administração da Petrobras a indicação de Ivan Monteiro à presidência da estatal.

A escolha do novo comandante da Petrobras foi bem recebida pelo mercado. A aposta é de que, com a sua indicação, o governo tenha garantido a recuperação de pelo menos parte das perdas acionárias da estatal. Essa tese será testada a partir desta segunda-feira.

Impacto

Os cortes de verbas do governo em diversos setores, no intuito de assegurar a redução do preço do diesel, terão impacto nos recursos que seriam destinados, por meio de MP (medida provisória), à segurança pública. Aliados de Michel Temer já admitem que o valor – que virá das loterias da Caixa Econômica Federal – precisará ser revisado.

A ideia inicial era a de que a MP destinasse R$ 1,2 bilhão para a área, e que uma importante fatia dos recursos bancasse a intervenção federal no Rio de Janeiro.

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