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Brasil Pesquisa Datafolha aponta que 67% reprovam e 20% aprovam a aproximação de Bolsonaro com o Centrão

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Para especialistas, não cabe ao presidente a palavra final sobre o que é lei e ordem. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no final da noite da sexta-feira (29) mostra 67% dos entrevistados acham que o presidente Jair Bolsonaro age mal ao negociar cargos e verbas com deputados e senadores do Centrão. Outros 20% consideram que o presidente faz bem e 2% diz que Bolsonaro não está negociando.

A instituto ouviu 2.069 pessoas maiores de idade na segunda e na terça-feira. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais. O levantamento mostra ainda que 11% não souberam responder ao questionamento.

Outra pergunta feita aos entrevistados foi se o presidente está cumprindo a promessa de não negociar cargos e verbas em troca de apoio. Para 63%, Bolsonaro não está cumprindo, enquanto 29% acreditam que sim e 8% não sabem.

Troca de apoio

O presidente Jair Bolsonaro reconheceu que o governo está entregando cargos para indicados do centrão e disse que as conversas com os partidos passam também por possíveis alianças na eleição de 2022. Eleito com um discurso crítico à “velha política” e da troca de apoio por espaço no governo, Bolsonaro afirmou que os parlamentares se sentem “prestigiados” com as indicações e acrescentou que os deputados, muitas vezes, querem dizer que são os “donos” de determinadas obras.

A mudança na estratégia política, segundo o presidente, ganhou força há dois meses, quando passou a se reunir com frequência com presidentes de partidos e líderes das legendas no Congresso. O centrão já indicou nomes para a direção-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e para uma diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Temos que ter agenda positiva para o Brasil e temos que conversar com partidos de centro também. Conduzi a conversa ao longo dos dois últimos meses. Conversei com praticamente todos presidentes e líderes de partidos. Sim, alguns querem cargos, não vou negar. Alguns, não são todos Mas, em nenhum momento, oferecemos ou pediram ministérios, estatais ou bancos oficiais. Pega o Ministério do Desenvolvimento Regional (o Dnocs está vinculado à pasta), que tem estrutura gigantesca, que em grande parte tem atuação no Nordeste. Tem cargo na ponta da linha, segundo ou terceiro escalão que estava na mão de pessoas que são de governos anteriores ao Temer. Trocamos alguns cargos nesse sentido. Atendemos, sim, a alguns partidos nesse sentido (de cargos)”, disse o presidente, durante uma transmissão ao vivo.

Bolsonaro acrescentou que as conversas incluem negociações por possíveis alianças, especialmente no Nordeste, cujos governadores são majoritariamente de partidos de oposição ao governo:

“Tem estados do Nordeste, em especial, em que o PT está forte. Em quase todos, o PT é muito forte e, para derrotá-los, tem que somar todas as forças do oturo lado. Para mim, com todo respeito ao Parlamento, prefiro deputados desses outros partidos do que PT ou PCdoB”, disse.

O presidente minimizou a possibilidade de a entrega de cargos resultar em corrupção, alegando que o próprio governo tem mecanismos de controle, como a Controladoria-Geral da União (CGU):

“Eles (parlamentares) se sentem prestigiados, porque na ponta da linha ter indicado para terceiro ou quarto escalão é bom (…) Agora, acusação vem aí, centrão, fisiologismo… Hoje em dia é muito difícil fazer besteira (…) Muitas vezes o parlamentar quer dizer que é dono da obra, mais nada além disso. Intenção não é fazer besteira, se fizer paga o preço. Qualquer pessoa indicada passa por sistemas de informação nosso, a gente pesquisa a vida pregressa dessa pessoa. Se tem condições de exercer o cargo, vai exercer, sem problema nenhum. Se tinha algum mistério, está desfeito”.

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