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Geral Polícia Federal faz buscas contra senadora Rose de Freitas em operação sobre suposta ligação da parlamentar com organização envolvida em fraudes na locação de veículos

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A senadora Rose de Freitas diz não ter cometido qualquer ato ilícito ao longo dos oito mandatos exercidos na vida pública. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quarta-feira (12) a Operação Corsários, para investigar suposta organização criminosa que atuava na Companhia Docas do Espírito Santo, entre 2015 e 2018, direcionando licitações e desviando recursos públicos de contratos fechados com prestadoras de serviços, um deles para locação de veículos. A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) foi um dos alvos dos mandados de busca cumpridos no âmbito da ofensiva. O irmão e o assessor da parlamentar foram presos.

Ao todo, a PF vasculhou endereços de residências e empresas nos municípios de Vitória, Cariacica e Serra, no Espírito Santo, e em Brasília, no Distrito Federal. Além disso, os agentes foram mobilizados para o cumprimento dois mandados de prisão temporária. Um terceiro investigado foi preso em flagrante pelo crime de porte ilegal de armas, indicou a PF.

As ordens foram expedidas pelo ministro Kassio Nunes Marques, Supremo Tribunal Federal, em razão dos indícios de envolvimento de Rose de Freitas, que tem foro por prerrogativa de função. O magistrado determinou ainda o sequestro de bens e valores dos investigados, diz a Polícia Federal.

Sobre o nome da operação, a PF explicou que corsário ‘era alguém que, por missão ou carta de corso de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação’. “De forma semelhante, as investigações mostraram que pessoas eram nomeadas por parlamentar com autoridade e influência, com a finalidade de desviar recursos públicos da área portuária, pilhando verbas do próprio governo ao qual pertenciam”, registrou a corporação em nota.

De acordo com a PF, a ofensiva mira supostos crimes de concussão, corrupção passiva e ativa, organização criminosa, fraude a licitações e lavagem de capitais.

As investigações da Corsários tiveram início após denúncia sobre exigência de propinas por servidores da Codesa em contrato de locação de veículos. A Polícia Federal indica que também há indícios de fraudes em contratos firmados com outras empresas entre 2015 e 2018.

As apurações contaram com a colaboração da atual gestão da Codesa. Auditoria realizada pela empresa estima que somente em dois dos contratos sob suspeita, a organização criminosa pode ter desviado cerca de R$ 9 milhões.

“As apurações revelaram a existência de uma verdadeira organização criminosa infiltrada na empresa pública, por meio da indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, permitindo dessa forma a interferência nos certames, o superfaturamento e desvio dos valores pagos nos contratos subsequentes”, explicou a PF em nota.

Segundo os investigadores, o grupo sob suspeita teria utilizado um escritório de advocacia para receber os recursos desviados. A banca teria simulado a prestação de serviços advocatícios para lastrear a movimentação dos valores, diz a PF.

Ainda segundo a corporação, as investigações revelaram ainda que a lavagem do dinheiro também acontecia por meio da compra de imóveis de luxo e do pagamento de despesas pessoais dos envolvidos.

O que diz a senadora

“Fui surpreendida hoje, às 9h, pelo mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Nunes Marques, do STF, no meu apartamento funcional onde resido, em Brasília. Desconheço, até o momento, as razões do mandado e reafirmo não ter cometido qualquer ato ilícito ao longo dos oito mandatos exercidos na vida pública.

“Fui igualmente surpreendida pelas prisões de meu irmão e de meu assessor, realizadas no estado do Espírito Santo. Confio no restabelecimento da verdade e na apuração das possíveis motivações que ensejaram tamanha agressão. Identifico claramente uma tentativa de desabonar minha honra e dignidade.

“Não cederei a pressões de qualquer natureza, venham de onde vierem. Providências legais cabíveis estão sendo tomadas para que os fatos sejam devidamente esclarecidos e apurados. Sempre exerci com coragem, ética e dedicado trabalho os mandatos que honradamente recebi do povo do Espírito Santo.

“Todos os demais esclarecimentos serão prestados pelos nossos advogados, que se pronunciarão oportunamente”, declarou a senadora. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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