Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2016
À beira de um apagão sem precedentes e pressionado por um Congresso majoritariamente de oposição, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, adotou uma receita pouco ortodoxa para a crise energética: até junho, toda sexta-feira será feriado em seu país. E fez um apelo para que os bolivarianos economizem luz, maneirando no ar-condicionado – “que deve ficar ajustado para 23 graus” –, e evitando até mesmo o secador de cabelos – o que, em um país conhecido por exportar misses, pode arranhar a imagem da nação.
Economia.
“O secador de cabelo nestes 60 dias deve ser usado pela metade. A secadora de roupa e os mecanismos do secador de cabelo são fortes e altos consumidores, assim como o ferro. Devemos criar consciência disso”, discursou Maduro, que emendou: “Eu sempre acho que uma mulher fica mais bonita quando ela penteia o cabelo com os dedos e, em seguida, deixa o cabelo secar naturalmente.”
No começo do ano, o chefe de Estado venezuelano já havia reduzido a jornada de trabalho de 40 para 36 horas, a fim de aproveitar melhor a luz diurna, mas isso não bastou para reduzir o consumo. Com o “pacote” recente, a oposição não perdoou. “Maduro nunca trabalhou, é normal para ele decretar feriados. Ele reitera sua incapacidade de governar”, atacou Henrique Caprilles, candidato derrotado pelo bolivariano nas últimas eleições. (AD)