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Acontece Presidentes do Grêmio e Internacional debatem liderança e gestão de equipes em períodos de crise

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Durante o encontro mediado pelo jornalista Luiz Carlos Reche e com a participação do presidente da Famurs, Maneco Hassen, os presidentes Romildo Bolzan e Alessandro Barcellos falaram sobre suas experiências na administração pública e na gestão dos clubes de futebol

Foto: Zé Carlos de Andrade

Para falar sobre liderança e gestão de equipes em época de crise, a Famurs trouxe para o Seminário Novos Gestores, os presidentes do Grêmio e Internacional, Romildo Bolzan e Alessandro Barcellos. O evento virtual promovido pela entidade busca auxiliar as novas administrações municipais a desempenharem seu papel com mais eficácia.

Durante o encontro, mediado pelo comunicador da Rádio Grenal, Luiz Carlos Reche, e com a participação do presidente da Famurs, Maneco Hassen, os convidados falaram sobre suas experiências na administração pública e na gestão dos clubes de futebol.

De acordo com o presidente Maneco, o painel teve o objetivo de trocar conhecimento, ideias, dialogar na busca de soluções, para construir uma vida melhor para todas as pessoas, para as cidades, clubes e empresas. “A gestão pública e a gestão privada podem, e devem, aprender uma com a outra. Os objetivos são diferentes, mas qualificar métodos e processos, implantar transparência e qualidade, são meios para atingir o mesmo fim”, avaliou lembrando que um dos ambientes mais tencionados na gestão de pessoas são os times de futebol.

Maneco também chamou atenção que os clubes Grêmio e Internacional têm orçamentos maiores que alguns municípios do RS, possuem centenas de funcionários, além de momentos de alegrias e tristezas, tal como na gestão pública.

Bom governo

O presidente do Grêmio, prefeito de Osório por três mandatos, também vice-prefeito e vereador do município, Romildo Bolzan, disse que a primeira vez que foi prefeito cometeu vários erros, mas jurou voltar para corrigi-los. “Eu era um afoito, cometi erros de não observar questões orçamentárias, de organizar uma obra mal planejada, mas procurei corrigir depois, poque uma coisa é tu cometer o erro, outra é persistir no erro”, afirmou.

Romildo orientou os gestores a terem paciência e organização no início de suas gestões. “Que tu consigas organizar uma pauta que seja absolutamente consensuada, possível de ser executada, justificada e, principalmente, bem realizável, senão tu vais embora”.

Para o presidente do Grêmio, as premissas de um bom governo são: ter um diagnóstico adequado, avaliações adequadas, fontes de receita garantidas, um projeto absolutamente limpo e debatido com todos para ser executado, discutir com a população aquilo que efetivamente precisa ser feito. Segundo ele, depois é possível encontrar os caminhos para a solução.

Transparência e relacionamento

O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, já foi chefe de gabinete de três deputados estaduais, chefe do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU) e diretor-presidente do Detran. Ele avalia que, tanto na vida pública quanto na privada, é necessário transparência e relação, seja com fornecedores, eleitores, cidadãos. “Concordo com o Romildo que a transparência na comunicação daquilo que tu vais fazer, faz ou fará é fundamental para que se tenha credibilidade necessária para que o projeto se consolide”, afirmou.

Alessandro acredita que os processos foram facilitados diante das novas tecnologias, possibilitando novas ferramentas e possibilidades, como a ciência de dados usada na eleição do Inter. “Uma maior eficiência no futebol ela parte de ferramentas tecnológicas. Não se substitui o olho daquele conhecedor de futebol, mas é importante que isso também esteja, de alguma forma, pois já erramos muito e temos que errar menos, seja nas contratações, nas experiências novas, nós precisamos inovar”, declarou.

Segundo Alessandro, Internacional e Grêmio, comparado a outros clubes brasileiros, têm receitas menores e dados comprovam que os títulos têm acompanhado as receitas dos clubes. Ou seja, times com mais receitas ganham mais títulos. “Se essa diferença existe, nós temos que buscar a vantagem competitiva através de um trabalho sério, na busca de eficiência da máquina e isso faz com que Inter e Grêmio se igualem ou sejam melhores que muitos clubes com uma receita maior, mas que não conseguem ter essa eficiência”. Para o presidente do Internacional, esse conjunto de elementos ajudam muito um clube de futebol, mas se transportar para a gestão pública, é possível entregar um serviço melhoras para as comunidades através de experiências inovadores e com a junção de esforços entre entidades, órgão e Poderes.

Modernizar a gestão publica

O presidente Maneco contou a sua experiência na gestão do município de Taquari, ao manter a administração com apenas dois secretários. “São ações que, ainda que no primeiro momento tenha um impacto negativo, tu tens a convicção de atingir os objetos são ações necessárias”, justificou. “São adequações necessárias que a nossa atual situação exige. Não dá para trabalhar 2021 como a gente a fazia em 2010, 2000. E esse seja o grande saldo da administração pública, se atualizar ao ano e momento que vivemos”, afirmou.

Semelhanças

De acordo com Romildo, existe uma semelhança na gestão do futebol com a gestão pública: a responsabilidade fiscal. Na opinião do presidente, os controles internos e externos da administração pública, sejam políticos ou sociais, se assemelham ao sistema dos clubes de futebol. Segundo Romildo, o sistema de controle está muito mais forte que antes, intensificado pelo uso das redes sociais, e se a receita não estiver equilibrada o gestor pode ser penalizado.

Alessandro chamou atenção para a importância de desenvolver estratégias corretas e diagnósticos, para se enfrentar a questão financeira. Ele pontua que é uma questão que assola a gestão pública, devido à falta de recursos e dificuldades encontradas nos municípios, e os clubes, na medida que, em meio a pandemia, a receita é reduzida. “Buscar um equilíbrio é fundamental para que tu não aumentes a dívida e pague parte dela”, ressaltou usando o exemplo do Inter.

Além disso, os presidentes acreditam que o ambiente das administrações municipais e da gestão dos clubes são muito parecidos. “É importante ressaltar que tanto as gestões públicas, como o ambiente do futebol possuem semelhanças. Se em uma prefeitura temos que dar resultado para a população, em um clube somos cobrados pela torcida. Se em uma gestão municipal, temos a fiscalização e o andamento dos processos com as câmaras de vereadores, no futebol temos os conselhos deliberativos”, explicou Romildo.

Engajamento

Para engajar equipes e servidores, Alessandro acredita que é necessário transparência de projeto, comunicação clara e objetiva e o que é prometido precisa ser entregue, mas é fundamental que a pessoa que digere a instituição tenha o entendimento de gestão de pessoas.

Romildo acredita que tem três coisas fundamentais nas relações humanas: respeito, diálogo e identidade de propósitos.

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