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Armando Burd Procuraram e acharam a definição

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, está decidido a criar uma fonte de recursos para pagar tratamentos dos que fumam. (Foto: Banco Mundial/ONU)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Sobre os projetos que serão votados na Assembleia Legislativa, de terça a sexta-feira da próxima semana, deputados da base aliada concordam: “Será uma limonada de limão azedo, mas indispensável”.

Tendo de decidir no voto aberto, constatam o grande abismo que separa as bondosas intenções da dura realidade dos cofres combalidos.

Sem firmeza

Caiu uma cortina de fumaça sobre as delações de Antonio Palocci, feitas nos dois últimos anos, que não foram premiadas. Em meio à imaginação do ex-ministro da Fazenda, os pavios das bombas umedeceram.

Os maiores desafios

Dois grandes problemas que ocorrem no setor público são a corrupção e a ineficiência. Se a ineficiência tem chance de enfrentamento com algum êxito, a corrupção é uma praga de combate muito mais difícil, como provam os milhares de casos de fraudes, desvios e apropriação indébita do dinheiro público ao longo de décadas.

Dúvidas levam a descrédito

As falhas nas notas de 5 mil e 974 alunos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio precisam ser melhor explicadas pelo Ministério da Educação. Dúvidas levam ao descrédito.

Exemplo a ser seguido

O município catarinense de Taió, localizado no Vale do Itajaí e distante 245 quilômetros da capital Florianópolis, deu uma lição em 1996. A Prefeitura manteve um placar, na praça central, que informava aos contribuintes os valores da arrecadação de impostos e os gastos nos últimos meses.

Com a mudança da administração, no ano seguinte, foi retirado por insistência de técnicos, que eram contrários. Como sempre, informação é poder do qual não queriam abrir mão. Na maioria dos municípios, até hoje, acham que, quanto mais restrito o acesso, melhor.

Não se entendem

O governo dos Estados Unidos diz claramente: cada maço de cigarros vendido provoca despesa de 2 dólares com tratamentos dos que têm o hábito de fumar. No Brasil, sempre houve uma guerra quase oculta entre secretarias estaduais. A da Fazenda querendo arrecadar impostos de qualquer forma. A da Saúde fazendo campanhas para denunciar os malefícios.

Finalmente

O ministro da Economia, Paulo Guedes, botou ontem as cartas na mesa, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos: o governo avalia a cobrança de tributos sobre cigarros, para tentar diminuir o consumo. Inclui no pacote o álcool e produtos com açúcar. Tem de ir em frente.

Questão de prioridade

O dinheiro público destinado à busca de recuperação de doenças provocadas por cigarro, álcool e açúcar competem e retiram recursos de programas de assistência às gestantes, aleitamento infantil e assistência a idosos, entre outros.

Retrato sem retoque

Ao contrário do que muitos imaginam, o orçamento é uma peça meramente autorizativa de despesas. Não se constitui num programa de governo.

O que sobra

Hoje, no governo federal, 94 por cento do orçamento são para as despesas obrigatórias. Os 6 por cento restantes, destinados a gastos discricionários, mostram-se insuficientes para cobrir os investimentos em saúde, educação, infraestrutura e programas sociais. Ou seja, praticamente, não sobra nada para o Estado brasileiro induzir o crescimento econômico.

Com as iscas preparadas

O senador Luiz Carlos Heinze acompanha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que iniciou ontem visita à Índia. Leva na bagagem material sobre chances para empresários no Rio Grande do Sul.

Há 90 anos

A 24 de janeiro de 1930, o “Correio da Manhã”, do Rio de Janeiro, publicou entrevista de Getúlio Vargas, candidato à Presidência da República, em que negou a possibilidade de uma revolução a partir do Rio Grande do Sul. A 1º de março, foi derrotado pelo paulista Júlio Prestes, que obteve 59,3 por cento dos votos. A revolução eclodiu em Porto Alegre e Vargas assumiu o Palácio do Catete a 3 de novembro.

É a tática

Para provocar tempestade em copo d’água, empresas de ônibus de Porto Alegre pedem aumento de 50 centavos no preço da passagem. No final das negociações, vão se contentar com 20 centavos.

Fantasias pobres

Governadores devem organizar o bloco do Beco Sem Saída e pedir inscrição para desfilar no Carnaval da Marquês de Sapucaí.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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