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Política “PT não pode celebrar resultado e achar tudo errado”, diz o ministro da Fazenda, integrante do próprio PT

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Fernando Haddad disse que seus críticos co-partidários desconsideram a participação do ministério nos resultados e os atribuem inteiramente ao trabalho de Lula.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fernando Haddad disse que seus críticos co-partidários desconsideram a participação do ministério nos resultados e os atribuem inteiramente ao trabalho de Lula. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que críticas à austeridade fiscal, vindas do próprio partido, o PT (Partido dos Trabalhadores), não podem acontecer simultaneamente às comemorações da legenda relacionadas aos pontos positivos do 1º ano de gestão.

“‘A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula! E o Haddad é um austericida.’ Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver”, disse em entrevista ao jornal “O Globo”.

Haddad disse que seus críticos co-partidários desconsideram a participação do ministério nos resultados e os atribuem inteiramente ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro acumula uma série de divergências dentro e fora do partido em relação às medidas para atingir a meta de déficit zero nas contas públicas em 2024. O PT emitiu um parecer crítico ao que chamou de “austericídio fiscal” nas políticas econômicas do Brasil.

Haddad discutiu com a deputada federal e presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR) em evento no início de dezembro. Na entrevista publicada nessa terça-feira (2), ele disse: “Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala ‘está tudo errado, tem que mudar tudo’”.

Figuras do partido repercutiram a fala do ministro. Gleisi disse que o partido está no “direito” de alertar o governo sobre uma “política fiscal contracionista” e que não considera estar “tudo errado” com as propostas do órgão.

O também deputado petista, Lindbergh Farias (PT-RJ), foi às redes sociais comentar a entrevista. Ele negou que o partido diga que “está tudo errado”. Disse que o governo teve muitos acertos, mas que a meta de déficit zero não seria uma delas. O líder do governo na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR) disse que a oposição ao ministro vem de “uma minoria no PT”.

Sucessão

Outro ponto levantado na entrevista foi a sucessão de Lula. Na visão de economistas, parlamentares e cientistas políticos, o ministro da Fazenda é o nome ideal.  Haddad desconversa. Diz que o nome de Lula é consenso no PT para 2026, mas alerta que o partido precisa começar a se preparar para essa transição, porque o problema “vai se colocar” na eleição seguinte.

No entanto, ele nega que almeje o posto, diz que disputou a Presidência em 2018 por uma questão atípica, já que Lula estava preso.

“O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta. Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after.
Eu não participo das reuniões internas sobre isso. Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso”, reitera.

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