Segunda-feira, 14 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2020
Três integrantes de uma quadrilha que aplicava golpes em influenciadores digitais foram presos em uma operação da Policia Civil, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Acusados de extorsão, eles foram detidos por agentes da 79ª DP (Jurujuba), na primeira etapa da Operação Digital Influencer.
A ação visa a desarticular o grupo de criminosos, que era responsável por extorquir pessoas populares nas redes sociais, com grande número de seguidores e que ostentavam alto poder aquisitivo.
De acordo com os agentes, os bandidos monitoravam a rotina das vítimas e as ameaçavam, exigindo quantias que podiam chegar a R$ 100 mil. As investigações prosseguem para identificar outros integrantes e demais crimes praticados pela quadrilha.
Conforme informações do portal de notícias G1, Tayrone Gomes e Reginaldo Lopes, presos na ação, disseram que um conhecido da vítima, Daniel Ordelas, passou detalhes sobre a sua rotina e foi o mentor da ação. Imagens obtidas pela polícia mostram os criminosos chegando a Pendotiba, Niterói, para praticar o crime.
“Eles começam uma pesquisa, se aproximam de pessoas próximas às vítimas, obtêm informações privilegiadas e realizam a prática da extorsão, ameaçando a integridade física. E as vítimas, temerosas que algo pior os acontecesse, repassaram quantias em dinheiro por transferência bancária”, disse o delegado Gabriel Ferrando, da 79ª DP (Jurujuba), responsável pelo caso, em entrevista à TV Globo.
Traficante preso em Copacabana
Nascido no bairro de Santa Rosa, na Zona Sul de Niterói, Matheus Fernandes Ferreira, mudou-se para o Estados Unidos com a mãe, aos 8 anos. A família fora acompanhar o padrasto, professor de jiu-jítsu na Flórida. Lá, Matheus fez a high school mas, por possuir parentes no Brasil, diz voltar ao país anualmente. No fim de semana, suas férias, porém, acabaram mal: Gringo, como é conhecido, foi preso em uma lanchonete de Copacabana, na Zona Sul do Rio, acusado de tráfico de drogas.
Em imagens encontradas em redes sociais, Matheus ostenta com fuzil e canta músicas de apologia ao crime. “Só soldado preparado, menor descontrolado… Se os cana (sic) apontar, a bala vai comer”, diz ele em um dos vídeos. Em outro, ele fuma o que parece ser um cigarro de maconha e mostra maços de notas de dólares dentro de um carro: “Tô só esperando aqui na Flórida, é só brotar, é tudo nosso”.
De acordo com o depoimento prestado por Matheus na 14ª DP (Leblon), na última vinda ao Brasil, ele contou ter resolvido trazer na bagagem 500 gramas de óleo de THC, a substância alucinógena da maconha. O material teria sido comprado de traficantes de Boca Raton, no Sudeste da Flórida, por U$ 2.500, e seria vendido de R$ 300 a R$ 400 a grama. Matheus contou ainda que teria acionado David Felippe de Britto Gonçalves, conhecido como Paquetá, por WhatsApp para fazer a venda da droga.