Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2021
Uma dose de reforço com Pfizer eleva em 175 vezes a quantidade de anticorpos neutralizantes contra a covid-19. Com a AstraZeneca, o resultado foi de 85 vezes e Janssen, de 61 vezes. Já a Coronavac induziu um número sete vezes maior.
Os resultados divulgados nesta sexta-feira (17) são de estudo encomendado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, e realizado em parceria com a Universidade de Oxford. A pesquisa foi feita com pessoas a partir de 18 anos que haviam tomado duas doses de Coronavac.
Ao todo, foram 1205 voluntários no Brasil, divididos entre Salvador e São Paulo, e em dois grupos etários, de 18 a 60 anos e acima de 60 anos.
“A vacina de RNA mensageiro (caso da Pfizer) é a melhor para aplicação do reforço, dá maior robustez na resposta”, afirmou a líder do estudo e pesquisadora de Oxford, Sue Ann Clemens. “Iniciamos o estudo em agosto para avaliar a resposta imune após seis meses de Coronavac e a eficácia da dose de reforço com as vacinas do PNI.”
Até 2023
Também nesta sexta, a Pfizer informou que a pandemia de covid-19 pode se estender ao longo do próximo ano e anunciou planos para desenvolver um regime de três doses de vacina para crianças e adolescentes de 2 a 16 anos.
O laboratório norte-americana fez os comentários no momento em que países europeus se preparam para novas restrições sociais e de viagens, e após um estudo alertar que a variante ômicron do coronavírus, de rápida disseminação, tem cinco vezes mais probabilidade de reinfectar pessoas do que sua antecessora, a delta.
Executivos da Pfizer disseram que a empresa acredita que em 2024 a doença deve ser endêmica em todo o mundo, o que significa que não seria mais uma pandemia. A empresa projetou que a “covid fará a transição para um estado potencialmente endêmico em 2024”.
Antes da variante ômicron, o especialista norte-americano Anthony Fauci previu que a pandemia terminaria em 2022 nos Estados Unidos.
Ao anunciar planos para desenvolver um regime de três doses da vacina para a faixa etária de 2 a 16 anos, o diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, disse que os resultados de três doses entre pessoas com mais de 16 anos mostraram que a medida oferece maior proteção.
A Pfizer desenvolveu sua vacina contra covid-19 com a alemã BioNTech. As empresas estão desenvolvendo uma versão de sua vacina para combater a variante ômicron, mas não decidiram se será necessária. Elas esperam iniciar um ensaio clínico para a vacina atualizada em janeiro, disseram os executivos da farmacêutica.